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Foram escoriações leves

Era fim de ano e eu estava muito animada. Ansiosa como sempre me assentei “colada” à porta do caminhão. Saímos com o horário apertado. Faltava pouco para o inicio do ensaio. O ano era 1991. Eu tinha nove anos de idade e cursava a terceira série do ensino fundamental. Meu pai era proprietário de um comercio de materiais para construção. Ele tinha um caminhão caçamba que usava para carregar areia, brita e outros materiais pesados. Eu e meus irmãos amávamos brincar no caminhão. Era uma aventura.  A escola faria uma apresentação de fim de ano naquele dia. Uma das músicas que estavam ensaiando para a apresentação era do cantor Roberto Carlos “O Calhambeque” e "Biquíni de Bolinha Amarelinha" da banda Blitz. As meninas se vestiriam com saias rodadas e usariam luvas e óculos escuros. Os meninos jaquetas jeans e óculos escuros. Estavam todos animados. E eu apesar de não participar da dança, seria chamada ao palco para pegar o meu “diploma” de terceira série. Estava orgulhosa da min...

Tudo mudou desde então

Após ouvir do dirigente do culto uma menção sobre a vida de José, personagem bíblico de uma história marcante, fiz uma pequena anotação em meu bloco de notas. Sabia então que a próxima mensagem a postar aqui no blog seria sobre José. Eu amo a história deste homem e com ela aprendo muito sobre o agir de Deus.   Rejeitado pelos irmãos, vendido como escravo, serviçal na casa de Potifar, preso injustamente, vidente no cárcere... Quantas situações ele viveu! Depois de saber a história completa eu gosto do que leio. Aprecio o mover de Deus e como ele age diferente daquilo que pensamos ou imaginamos. José foi um sonhador incompreendido. Talvez tenha se adiantado em revelar seus anseios. Ele assim como muitos de nós não imaginava o que seus desejos poderiam provocar nas pessoas ao seu redor. Mesmo assim não deixou de sonhar. Ele pensava grande. Sua vida virou do avesso quando seus irmãos o tomaram por insolente. O jogaram na cisterna. Depois o tiraram de lá para vendê-lo aos merc...

O dia em que eu fugi de casa

Você conhece esta história? Então, foi mais ou menos assim que tudo aconteceu: Eu e minha prima brincávamos no quintal da casa da minha avó. Quantos anos nós tínhamos? Oito? Nove? Não me lembro. Minha avó era uma mulher vaidosa. Ela cuidava bastante da sua aparência e saúde. As embalagens dos cosméticos que ela usava viravam nossas ‘panelinhas’ após o descarte. E era com aqueles potinhos que estávamos brincando naquele dia. Dentro de casa os adultos se dividiam entre homens na sala assistindo provavelmente uma corrida de formula 1, quando Ayrton Senna ainda brilhava nas pistas, e mulheres na cozinha conversando e preparando o almoço de domingo. Nós duas estávamos entediadas. Não queríamos mais brincar com os potinhos de antitranspirante Pierre Cardin (nossa isso soa pré-histórico né?) ou potinhos de alumínio de creme Nívea. Então tivemos uma ideia. Decidimos que deixaríamos os adultos na casa da minha avó e iriamos sozinhas para a minha casa. Eu achava que não teria problema...

Pesado...

Este ano começou trazendo algumas notícias tristes para o meu meio de convívio; doenças comportamentos estranhos e morte. Seria ótimo se tivesse começado diferente. O interessante é que estes desafios da vida nos leva a refletir melhor sobre o que temos feito como temos feito, com quem e onde temos feito e para onde nossas ações nos levarão? Qual será o nosso destino? São situações adversas que nos tira do conforto e nos faz querer ser e fazer melhor. A bíblia tem um verso que sempre me deixou muito reflexiva. “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria”. Eclesiastes 7:4 Ou noutra versão: É melhor estar na casa onde há luto do que na casa onde há festa. Estas palavras me fazem analisar os fatos. Quem deseja ser melhor quando se está comendo, bebendo, dançando e festejando? Qual é o individuo que pensa no proposito da vida quando está numa festa? Por outro lado, quem é que não pensa sobre isso quando está numa casa onde há luto? O que mais a...

O projeto executivo de Deus

Trabalhando com projetos a quase dez anos tenho aprendido o quanto é importante ser prudente no desenvolvimento de um conceito.  Temos vários recursos para colocar no papel as muitas ideias que vem à mente num processo criativo. Porém, o amadurecimento de uma ideia é um processo muito criterioso. É preciso avaliar e excluir qualquer possibilidade de erro. E assim mesmo um projeto definido pode apresentar falhas na execução. É muito frustrante quando isso acontece porque do projeto à execução há um intervalo considerável e um trabalho intenso. Todo esse pensamento sobre projeto versos execução me leva a refletir sobre os propósitos divinos. Deus é um Deus de propósitos. Ele é excepcional em tudo o que faz e me falta palavras para descrever suas ações. Diferente de um designer Deus não comete erros. Uma das razões para isto é que Ele conhece o fim antes do começo. “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antigüidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro sem...

Tranquilidade em meio a tempestade

Terça-feira à tarde começou um temporal em minha cidade. Eu estava no escritório trabalhando prestes a terminar o expediente. Eu podia ver pelas janelas que a chuva estava acompanhada de muito vento. Não me passou pela minha cabeça o que viria a seguir. Despedi-me dos colegas de trabalho e me encaminhei para o estacionamento. Era preciso encarar o temporal. Entrei no carro e sai. A chuva realmente estava muito forte. Já nos próximos 500m eu percebi que os motoristas estavam acionando o pisca alerta dos carros. Eles estavam parando porque não dava para atravessar uma das principais avenidas da cidade. Não tive opção. Liguei o pisca alerta e parei o carro. As palhetas limpadoras de para-brisa estavam frenéticas. A água da chuva tinha tomado toda a via de acesso principal daquele cruzamento. A enxurrada estava chegando próximo de onde havia parado o carro. Ventava muito e a chuva não dava trégua. Muitas vezes ouvi de problemas com chuva neste mesmo cruzamento onde eu estava. O históric...

Como está seu repertorio?

Dias atrás eu e minha irmã tivemos uma conversa sobre repertorio. Naquela conversa especificamente falávamos a respeito de sobremesas. Pois é. Um assunto que talvez não lhe chame muito a atenção. Estávamos felizes porque ao pontuarmos nossos conhecimentos chegamos à conclusão de que sim, nós temos um bom repertorio, pelo menos acima da média de pessoas que não atuam na área da confeitaria.  O mais interessante sobre o repertorio é a experiência adquirida. E falando de sobremesas é necessário executar receitas diferentes para obter um bom repertorio. Quais as receitas mais comuns nos lares brasileiros? Pudim de leite condensado? Uma delícia né? Ou seria a mousse de frutas? Também gosto. Aliás, difícil não gostar de doces. O que dizer do brigadeiro? Com quantos anos aprendemos fazer esta receita tradicional aqui no Brasil e exportada para o mundo?  Então em média quantas sobremesas uma pessoa comum (que não tem uma formação acadêmica em confeitaria) sabe fazer? Quatro a cin...