Você conhece esta história?
Então, foi mais ou menos assim que tudo aconteceu:
Eu e minha prima brincávamos no quintal da casa da minha avó. Quantos anos nós tínhamos? Oito? Nove? Não me lembro.
Minha avó era uma mulher vaidosa. Ela cuidava bastante da sua aparência e saúde. As embalagens dos cosméticos que ela usava viravam nossas ‘panelinhas’ após o descarte. E era com aqueles potinhos que estávamos brincando naquele dia.
Dentro de casa os adultos se dividiam entre homens na sala assistindo provavelmente uma corrida de formula 1, quando Ayrton Senna ainda brilhava nas pistas, e mulheres na cozinha conversando e preparando o almoço de domingo.
Nós duas estávamos entediadas. Não queríamos mais brincar com os potinhos de antitranspirante Pierre Cardin (nossa isso soa pré-histórico né?) ou potinhos de alumínio de creme Nívea. Então tivemos uma ideia. Decidimos que deixaríamos os adultos na casa da minha avó e iriamos sozinhas para a minha casa. Eu achava que não teria problemas em achar o caminho, afinal fazíamos aquele caminho todos os domingos. E assim, sem que os nossos responsáveis percebessem, saímos da casa da minha avó com destino à minha casa. Estávamos decididas.
Não demorou muito para toda aquela aventura virar uma bela duma confusão. Viramos a primeira esquina, a segunda e a terceira dava para um cruzamento. E agora?
Eu era a guia e não sabia para onde ir. Felizmente enquanto estávamos diante de duas vias sem saber para onde ir, com o desespero quase arrancando o nosso coração, vimos um carro familiar se aproximar. Estávamos salvas, em parte é claro.
Naquele tempo não havia essa história de direitos da criança e adolescentes, ou lei que proíbe os pais de dar uma bela duma correção em seus filhos. Entende o que quero dizer né? A correia cantou em nós. Pode acreditar.
Esta história me mostra a necessidade de estar debaixo de proteção. A necessidade de se ter um guia. Uma direção. Eu e minha prima não deveríamos ter saído da proteção da casa da minha avó e da presença dos nossos pais. Não tínhamos o conhecimento do caminho e não sabíamos do perigo a que nos expomos ao sair de casa.
Dou graças a Deus que não demorou muito para que o socorro viesse ao nosso encontro. Não dá para imaginar o que poderia ter nos acontecido naquela ocasião.
Eu e você precisamos estar debaixo da proteção de Deus. Ele é quem nos aponta o caminho a seguir. Ele é a nossa proteção.
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” Salmos 119:105
“Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio.” Provérbios 18:10
Não se perca no caminho, corra para os braços de Jesus e esteja seguro!
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