Sempre tive muita vontade de viajar de avião. Outro sentimento estava atrelado a esta vontade: o medo. Era um equilíbrio entre vontade e medo que não conseguia explicar. Cresci vendo as aeronaves cruzar os céus por onde morei. Meu olhar admirado sempre acompanhava o risco de nuvens que se seguia no céu. Pensava comigo, um dia... Um dia! Este dia foi em abril do ano passado. Já estava morando em Curitiba e fui para Campinas pela companhia Gol. Voo comercial, viagem rápida. O destino era o acampamento de jovens da IAB em Sumaré. Ao meu lado estava uma amiga que também estava viajando de avião pela primeira vez. O ronco das turbinas, o impulso para decolagem, os avisos das aeromoças e o pouso pareceram tão rápidos que nem percebemos que já havia acabado. Com 29 anos, parecia uma criança descrevendo o meu primeiro voo. Foi tranquilo, mas muito pouco. Retornamos para Curitiba pela mesma companhia. Mais uma vez uma pequena viagem. A novidade, o futuro, aquilo que não conheço me