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Identidade em Tempos de Cópias

Mês passado estive com uma pessoa e falei com ela sobre identidade. Acho que fui muito contundente ao expressar minha opinião — mais do que eu gostaria. Porém, esse é realmente um tema que me atrai. O dicionário Michaelis define identidade como uma série de características próprias de uma pessoa ou coisa, por meio das quais podemos distingui-las. São essas características que nos tornam seres individuais. Embora vivamos juntos, como sociedade, cada um de nós é único; diferente. A cada dia fico mais impressionada com a tentativa da sociedade de padronizar-nos. As redes sociais se tornaram antros de divulgação de modelos a seguir, e as pessoas, em busca de pertencimento, seguem cegamente esses padrões. A velocidade com que essas fagulhas são lançadas e espalhadas é assustadora. Basta um “influenciador” lançar um produto, uma estética ou um serviço para que a internet se encarregue de reproduzi-lo em massa. Claro, esse comportamento não é novo. Mas a velocidade de propagação, por caus...
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Vivência, Não Aparência

Enquanto o pregador falava eu me lembrei de um livro que li, do autor Tommy Tenney, A casa favorita de Deus. Ainda estou pensando sobre o assunto. A mensagem do culto foi a respeito de que a presença de Deus é o que mais nos importa e o livro fala a respeito de que devemos criar um ambiente para a morada permanente de Deus e não apenas um lugar em que ele vem visitar ocasionalmente. Essas mensagens me fizeram olhar para dentro e pensar em minha história de vida, em como todos os momentos dela estão atrelados à presença de Deus. Toda a minha vida é com Deus. Não há qualquer momento que eu possa descrever em que Ele não se faça presente. E não estou falando apenas de momentos bons, perfeitos e agradáveis. Há uma música que eu gosto muito do tenor David Phelps que é intitulada como Life is a church. E sobre essa música ele diz o mesmo que acabei de escrever, que a vida dele sempre foi atrelada a fé, ao envolvimento na igreja e as experiências sacras. Não sei como é hoje, mas na época ...

Entre a Amígdala e o Temor do Senhor

No mês de abril deste ano, iniciei minha terceira especialização: Arquitetura Aplicada à Saúde, Bem-estar e Neurociências. Amei as duas primeiras disciplinas ofertadas: Neurociência e Comportamento Humano e Emoção, Aprendizado e Memória. Foram temas que me prenderam de verdade e despertaram ainda mais o meu interesse. Se eu pudesse voltar no tempo para escolher uma profissão, não teria dúvidas em optar pelo design. Mas como segunda escolha, com certeza ficaria com a Psicologia. Sou fascinada pela mente e pelo comportamento humano. Mesmo sem o bacharelado na área, leio e estudo o assunto há muitos anos. Às vezes, troco figurinhas com minha irmã, que é psicóloga. Ultimamente, tenho meditado sobre um assunto abordado nas primeiras disciplinas da pós: o medo. É um tema polêmico dentro do ambiente cristão, mas que considero relevante e necessário. Quero falar um pouco sobre isso. O medo é uma resposta natural do cérebro a ameaças. Ele ativa a amígdala cerebral, uma região que processa emoçõ...

Obrigada pela correção!

Hoje, após o expediente, sentei-me à mesa com minha mãe. Tomávamos café e saboreávamos um bolo de cenoura, e a conversa, como sempre, foi se aprofundando. Em certo momento, comentei com ela sobre a minha criação. Admiro muito os meus pais e a forma como conduziram a nossa educação. Minha mãe foi firme na correção — uma verdadeira mãe “raiz” dos anos 80. “Tatuou” em mim a marca Havaianas, me fez engolir o choro, repetiu inúmeras vezes que eu não era todo mundo e deixou bem claro que eu não teria tudo o que quisesse na vida. Com ela, aprendi sobre mérito e o valor das minhas conquistas. Meu pai foi diferente. Mais da palavra, das metáforas. E como doíam — e ensinavam — as lições escondidas nas histórias que ele contava. Métodos distintos, mas ambos eficazes. Hoje, reconheço o quanto cada correção foi necessária e importantíssima. As coisas são diferentes agora, né? Ah, fala sério! Eu sou da época em que Merthiolate ardia . Você sabe o que é isso? Não fui uma criança de fazer muita b...

Vai Valer a Pena: Lições das Montanhas para a Vida

Neste último fim de semana, vaguei por minhas lembranças das viagens ao Peru. Amei minhas experiências naquele país e, sinceramente, anseio retornar. Sou mineira, sempre morei na cidade. No interior, é verdade, mas sempre em zona urbana. Meu contato com a natureza é muito limitado. Passo horas do meu dia dentro de um escritório. Quando saio, vou à academia ou à igreja. Raríssimas vezes vou a lugares que proporcionam atividades ao ar livre. Quando fui ao Peru, tive um impacto significativo em relação à natureza. Visitar os Andes peruanos foi maravilhoso. Subir as montanhas me tirou da zona de conforto e ampliou minha visão de mundo. Foi inesquecível. Andar por vales cercados de montanhas me fez refletir sobre tantas passagens bíblicas que moldaram minhas crenças. Eu pude entender um pouco melhor textos como o Salmo 121, em que se lê: “Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?” Senti-me tão pequena e frágil, tão dependente de proteção e cuidado. E tal como o s...

Sim para o meu amor!

Oi! Dia dos Namorados hein. Você tem companhia nesse dia? Hum! Estou aqui começando a leitura de um livro, " Lições inesperadas sobre o amor'. Não sei se é bom ou não. Só queria algo leve para ler. Achei uma boa opção. Mas minha cabeça não está muito fixa na leitura no momento. Estou pensando sobre o amor. Não posso me esquecer de quando eu pensava no amor quando era uma adolescente, inocente e sonhadora. Tenho muitas primas, e claro, falávamos sobre o futuro e nele se incluía o amor que não conhecíamos. Hoje sou a única solteira daquelas primas. A única que não se casou. A única que não teve filhos. E não estou namorando. Aliás, se te interessa saber, eu tive um único namoro. Pois é, a adolescência passou e a maturidade chegou. E hoje sobram observações. Quando o fim do meu namoro chegou eu decidi muito firme a respeito de relacionamentos amorosos. Tão firme que se tornou uma forte muralha. Mas aquela decisão me proporcionou um salto enorme no meu autoconhecimento e tenho viv...

O que você teria feito?

Outra vez me peguei pensando na resposta daquela pergunta que o pregador fez. “O que você teria feito?” Eu me conheço, e sei que só teria feito como aquela personagem de quem ele falava se eu fosse a pessoa do propósito de Deus para aquela situação. O contexto era completamente diferente da nossa época, mas, creio que mesmo se eu estivesse inserida naquele contexto, só por um propósito de Deus eu teria agido da mesma forma. Rebeca deu de beber a Eliezer e ofereceu água aos seus camelos porque ela era a mulher do propósito de Deus para a continuação da história de Israel. Assim eu creio. Essa história me intriga e me deixa fascinada com a prontidão de Deus em responder uma oração sincera e que concorda com seu propósito. Antes que Eliezer terminasse de falar a resposta já estava diante dele. Outras passagens na bíblia também mostram respostas imediatas para orações, como foi no caso de Pedro na casa de Cornélio. Ele ainda falava quando o Espirito Santo desceu sobre os ouvintes daq...