Da minha mesa de trabalho observava o movimento da rua. O dia estava bonito, o gramado da praça bem verde agradecendo o orvalho da manhã, ventava muito e havia folhas espalhadas por todo canto. Era dia de limpeza no bairro e muitos funcionários cumpriam suas tarefas durante aquela manhã. Observei que a mulher de meia idade de semblante cansado, funcionária da limpeza, varria a rua sem muita disposição. Portava uma vassoura bem grande e tentava sem muito êxito ajuntar o lixo da rua inclinada. Enquanto ela empurrava o lixo rua abaixo o vento contrário o espalhava de volta para a rua e sua extensão. Eu pensei comigo que seria mais fácil juntar o lixo em posição favorável ao vento, mas não era o que ela fazia. Aquilo me intrigou. Não é fácil varrer o lixo quando o vento está contrário. Aliás, quando o vento está contrário não há muito que fazer... Mas, seguramente é possível usar o vento favorável para juntar o lixo e dar a ele o destino que ele merece: a lixeira. Infelizmente nós (e estou