Pular para o conteúdo principal

Fuga para a Caverna

No inicio deste mês acompanhei um noticiário sobre o desaparecimento de um jovem. Segundo a família não havia razão para ele não ter voltado para casa. Com o processo de busca se desenrolando, descobriu-se que o rapaz havia, sem coação, sacado dinheiro num banco. Posteriormente soube-se que ele havia embarcado num ônibus para outra cidade, também sem coação. Com as pistas sobre o paradeiro do jovem, a mãe sugeriu que ele talvez estivesse fugindo da fama. O destino que ele escolheu para a fuga era lindo. Uma cidade litorânea com uma paisagem de se admirar. Infelizmente esta história teve um final triste. 
Não muitos dias depois, outra família anunciou o desaparecimento de um filho. Neste caso eles souberam em pouco tempo que o jovem estava bem, porém havia decidido fugir da realidade em que estava vivendo procurando outro lugar para morar. 
Detive-me por um momento naquela matéria para ler comentários dos leitores e para minha surpresa muitos deles comentaram que também tinham a vontade de fugir. 
Tenho que concordar com os leitores, às vezes dá vontade de fugir dos problemas dos desafios, dos embaraços... Essa vontade surge quando nos sentimos incapazes, quando vem a frustração ou quando não temos as respostas de que precisamos. Arriscaria dizer que é natural. É ruim nos sentir assim. É ruim assumir nossas fraquezas. Você concorda?
Nesse tempo tudo o que precisamos é de um refugio. Um lugar seguro, onde podemos nos sentir protegidos.
Davi, o personagem bíblico que muitos admiram, inclusive eu, fugiu. Ah sim, ele fugiu da presença de Saul e sua fuga foi para a caverna de Adulão. Ele procurou refugio naquele lugar. (I Samuel 22)
O que se segue nessa história me fascina!
Quando a família de Davi soube que ele havia se refugiado na caverna de Adulão se juntaram a ele. Aconteceu uma fuga para a Caverna. Fugiram para a caverna todos os homens que se achavam em aperto, endividado e amargurados de espírito. Você consegue imaginar que reunião mais cabulosa era aquela?
Já pensou reunir num lugar todas as pessoas que desejam fugir de suas realidades? 
Haveria resgate para essas pessoas? Qual seria o fim dessa gente? 
A bíblia menciona que eles formaram um grupo de uns quatrocentos homens. Uau! Era muita gente sem esperança reunida num lugar só. E não parou nos quatrocentos!
Davi se tornou o líder daqueles homens. Embora ele estivesse ali em busca de refugio, ele conhecia bem o seu Deus, sabia bem o que ele era e tinha total certeza do seu destino. Sua fuga era física e não emocional. 
O que mais me impressiona nessa história é o que aconteceu na caverna. Ela se tornou um centro de treinamento, um lugar de cura de emoções de encorajamento. 
Foi de lá que saíram os valentes de Davi. 
Aquele grupo que começou com quatrocentos homens desencorajados transformou-se num grupo de seiscentos homens prontos para pelejar. Davi fez um trabalho de excelência, inspirou confiança apregoou a fé e despertou o que havia de melhor naqueles homens. A fuga para a caverna de Adulão foi o inicio de uma grande virada. 
A palavra de Deus diz em Provérbios 18:10 que “Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo, e está seguro”. 
Se você é um destes que tem vontade de fugir, saiba que só existe uma fuga com êxito, a fuga para o Senhor Jesus. Ele é o único que pode aquietar a nossa alma, curar as nossas emoções e renovar a nossa esperança. Se desejar se refugiar nele terás êxito, esteja certo disto! 

Comentários

Miriam disse…
Menina eu te amo! Que linda mensagem. Que Deus me ajude a encontrar um refúgio e sair de lá valente. Obrigada por suas palavras.

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e