A camisaria tornou-se um negócio rentável no Brasil. Em menos de três anos o negócio se expandiu ainda mais ao investir pesado na moda feminina. Surgiram inúmeras marcas voltadas para a mulher. As camisas femininas, até então um item casual no guarda-roupa, tornaram-se item ‘obrigatório’. São diversos modelos cinturados, coloridos e moldados numa enorme variedade de tecidos.
Há uma marca de camisas muito badalada entra as mulheres. Ela inaugurou uma loja exclusiva para o público feminino no ano de 2010 e a partir daí mudou significativamente a qualidade e modelos oferecidos neste segmento de mercado. A marca que nasceu em maio de 1957 cravou sua logomarca na história de uma maneira muito impressionante. Basta olhar para o desenho bordado no produto para reconhecer qualidade e valor agregado.
Por causa do sucesso desta marca e do valor agregado surgiram também as camisas pirateadas. São cópias das camisas também cinturadas, coloridas e com variedade de tecidos. Até mesmo a logomarca é estampada no produto. Elas são muito parecidas e são oferecidas por até 1/3 do preço da camisa original.
Não é necessário ir muito longe para perceber a diferença do produto original e do produto pirateado. Alguns detalhes são facilmente percebidos.
A questão toda gira em torno do valor percebido e do valor agregado.
A cópia se baseia no valor percebido. Toma ocasião do sucesso da marca e aproveita para pegar uma carona. Produz camisas semelhantes, com matéria prima inferior e mão de obra não especializada. Além disto, não apresenta preocupação social e ambiental, não investe em soluções sustentáveis e socioeconômicas. Em resumo, não está preocupada com sua cadeia de valor.
Quanto ao produto original, ele apresenta um preço diferenciado por agregar no produto o valor de todos os itens acima mencionados.
Valor percebido e valor agregado sempre existiram no mundo dos negócios e por que não dizer na humanidade?
Você sabe diferenciar estes valores?
Comentários
Parabéns pela reflexão análitica de marketing.
Tenho estudado muito isso na Pós e sua análise é super atual.
Abraço e saudades,
Fernanda Lourenço