Com o avanço tecnológico ficou muito mais fácil fotografar. É possível ter uma câmera na mão em qualquer lugar que se vá e registrar qualquer coisa que se queira.
Uma das razões que fazemos estes registros é para compartilhar com outros nossas emoções, nossas conquistas e fazemos isto por meio de vários canais.
Posso dizer que as fotografias tornaram as redes sociais muito atrativas. São milhares de publicações de fotos todos os dias. Milhões de pessoas contam detalhadamente suas vidas por meio destes registros.
Hoje nem podemos mensurar a velocidade em que as pessoas compartilham seus momentos especiais através de fotografias publicadas nas redes sociais.
Antes, porém, as fotos mais especiais eram penduradas em molduras num lugar de visibilidade nas casas. Dificilmente encontraremos uma casa em que não tenha uma fotografia em destaque. Elas ainda servem para “eternizar” momentos especiais.
No início o registro de uma imagem era praticamente uma cerimônia. Tirar uma foto era oportunidade única de reunir a família inteira e gastar tempo para poses. (e torcer para que todos saíssem bem na foto).
Pense num tempo remoto, bem antes da fotografia...
Volte para os tempos bíblicos, para o livro de I Samuel cap. 16.
Deus havia rejeitado Saul como rei para Israel. Ele havia ordenado a Samuel que fosse à casa de Jessé porque de lá sairia o novo rei para a nação, um homem segundo o coração de Deus.
IMAGINO Jessé recebendo Samuel e conduzindo o profeta por um passeio por sua casa e o encaminhando para o lugar de maior visibilidade e apontando uma moldura... Na fotografia estão seus filhos em pose de bravos guerreiros.
Sete homens bonitos, fortes e elegantes, sorridentes e bem vestidos. Aquele momento de registro havia sido especial. Uma preparação para a vinda do profeta àquela casa.
O profeta fica admirado e frustrado ao mesmo tempo. Ele nota a aparência dos belos filhos de Jessé, mas não identifica um homem segundo o coração de Deus.
Bem, a história não é bem assim, esta é a minha imaginação...
Não há nada de errado na fotografia se não pelo fato que faltava alguém ali.
Jessé havia “emoldurado” seus filhos e deixado um de fora. No entanto Deus não olha para a “moldura” Ele vê o todo.
Os olhos de Deus contemplavam Davi, no campo.
Você vê algo familiar aqui?
Nós emolduramos diversas situações. Não enxergamos o todo e por esta razão falhamos em não confiar em Deus o tempo todo.
Se tirarmos os olhos da moldura, da janela em que debruçamos, das situações que limitamos... Veríamos a provisão de Deus! Somos chamados a ampliar a nossa visão. Alargar a nossa confiança em Deus.
Se Jessé tivesse se apercebido, teria uma fotografia com seus oito filhos e o foco ajustado especialmente num deles, justamente naquele que ele havia deixado de fora.
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