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Manuseio do Coração

Estávamos em círculo prontos para mais uma dinâmica em grupo. Fazia tanto tempo que não participava de uma...
Não esperava que aquele recurso fosse ser usado para discutir o Panorama de Mercado numa pós-graduação, mas enfim.
A rodada começou com a entrega de uma necessaire em formato de coração. Dentro dela continha perguntas e balas. Cada componente do grupo deveria pegar uma pergunta e respondê-la de acordo com sua percepção a respeito do comportamento do mercado atual.
Aquela necessaire tinha uma maneira peculiar para ser aberta e enquanto via meus colegas tendo dificuldade de abri-la comecei a pensar numa forma de fazê-lo sem passar vergonha. Sinceramente aquilo me deixou mais apreensiva do que ter que responder uma pergunta inesperada.
Chegando minha vez, enquanto ouvia a discussão comecei a manusear o coração, o virei de “ponta cabeça”, tentei entender como funcionava o fecho e pensei em como fazer a nécessaire se abrir sem chamar a atenção quando finalmente tivesse que abri-la.
Correu tudo bem. Minha curiosidade havia me livrado de passar vergonha.
Aliás, meu comportamento chamou a atenção da orientadora daquela discussão. Ela comentou ao final da dinâmica que até chegar a mim, ninguém tinha prestado atenção no coração. Tiveram dificuldades para abri-lo, mas não se deteram em observá-lo. E eu com minha curiosidade (e nervosismo) havia descoberto a marca daquele objeto. Incrível! Nunca imaginaria que se tratava de um produto da Tupperware.
A discussão foi interessante e mesmo depois de algum tempo me serviu de reflexão...
Quando falamos de coração na maioria das vezes estamos falando de sentimentos. E, não é nada fácil lidar com isso. É como aquela necessaire.
Às vezes simplesmente levamos essas coisas de sentimento aos trancos e barrancos, é mais fácil assim do que se deter no tempo para entender como funciona.
Acho que estou chegando à síndrome do aniversário. Quando minha data de aniversário vai se aproximando sou acometida dessa síndrome que me torna muito mais reflexiva...
Ainda mais que esse ano completo meus 30 anos. Meu Deus! Nunca me imaginei chegando nessa idade... Será que alguém já pensou?
Tá. Voltando ao coração será que seria vantagem entender como ele funciona? Ou a vantagem seria voltar à inocência em relação aos nossos sentimentos? Eu não sei a resposta.
Acho brilhante o que a bíblia diz sobre o coração a começar que Deus o sonda e o conhece. Ele conhece nossas inquietações. Mostra que nosso coração pode fraquejar, mas Deus é a força do nosso coração e nossa herança para sempre.
Quem melhor que Deus para manuseá-lo? Ele mesmo quem o criou. Ele conhece os seus “fechos” e aberturas. Ele conhece suas fraquezas...
E, por mais que nosso coração se pareça resistente como aquele da Tupperware Deus pode o tornar mais sensível. Ele mesmo diz: Filho meu, dá-me o teu coração. É um pedido inescusável, não é mesmo?
Então... A melhor entrega que podemos fazer é deixar que Deus manuseie nosso coração!

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