Acredito que algumas perguntas são fundamentais para nosso crescimento pessoal.
Parece simplista demais, porém a pergunta: Quem sou eu? – pode revelar aquilo que nós mesmos negligenciamos a nosso respeito.
Desde a semana passada estou refletindo sobre dois personagens da história bíblica tentando elaborar um texto para que possamos juntos tirar algum proveito.
Ambos tiveram a oportunidade de se apresentar à reis, homens poderosos e também à homens comuns. Sonharam alcançar posição social e política. Tiveram grandes oportunidades.
Porém suas histórias são distantes. O primeiro teve a grandeza de se perguntar quem era ele, o segundo simplesmente pensou ter a certeza de quem ele era.
O primeiro analisou sua trajetória de vida, suas frustrações e seus sonhos. Soube que era dependente do favor de Deus e que seus sonhos só se realizariam no tempo dEle. Procurou ser zeloso em suas palavras e ações enquanto o segundo não temia a Deus nem se preocupou com o resultado de suas palavras e ações. Procurou realizar seus projetos sem razão e conhecimento.
Chega um momento na história do Egito
Nesse cenário aparece José. O conhecido sonhador. O homem que aprendeu a questionar com zelo e temor quem ele era. Ele se apresenta o faraó. Revela o significado dos pesadelos do rei do Egito. Dá conselhos do que deveria ser feito.
Um homem sábio e de confiança deveria ser colocado para administrar a crise que se revelaria em sete anos. A situação no Egito dependia de um homem capacitado.
Faraó então tira do dedo o seu anel e entrega a José, tira seu manto real e o veste em José, faz com que José saia pelas ruas da cidade para que todos vejam como é que se faz a quem o rei deseja honrar.
Este homem chamado José teve uma visão geral primeiramente de quem ele era e por fim todos puderam reconhecer que ele era quem dizia ser. Homem temente a Deus. Sonhador. Idealizador e conquistador de grandes feitos.
O segundo personagem é um homem de linhagem real, porém seu coração é traiçoeiro. Ele deseja uma posição no reino, deseja reconhecimento, mas suas atitudes revelavam quem de fato ele era. Homem desleal, orgulhoso e mal.
O rei Assuero perde o sono no meio da noite e se vê impelido a ler as crônicas referentes ao seu reinado. Encontra um homem que lhe salvou a vida. Sabe que este homem merecia honra, porém não foi honrado.
Nesse momento apresenta-se diante dele o homem traidor chamado Hamã. O rei procura saber o que se deve fazer a um homem que ele deseja honrar.
Hamã no seu engano pensado tratar de si mesmo sugere que o rei dê o seu anel ao homem digno de honra, lhe vista com sua capa e faça com que monte em seu cavalo e saia pelas ruas gritando: assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.
Coitado de Hamã. Ele não se dedicou em saber quem ele era porém seu coração enganador lhe traiu. Foi designado a honrar a quem desejava ver morto.
Hamã nunca soube reconhecer que ele era homem mortal, cheio de erro e de engano. Ele pensava ser o tal. Menosprezou quem tinha honra, dignidade e lealdade. Na forca que preparou para Mordecai foi enforcado. Enquanto todos confirmaram quem Hamã era, ele não podia entender o fim de sua trajetória porque não soube sua identidade.Não tirou um tempo da sua vida para conhecer quem ele era.
Meu amigo essas duas histórias mostram duas realidades.
A primeira quem sabe o que é realiza seus sonhos.
A segunda quem não sabe o que é, além de não reconhecer a si não reconhece o próximo e está sujeito a ser traído pelo próprio engano.
Quer ouvir ao seu respeito o clamor: "É assim que se faz!"?
Saiba primeiro quem você é.
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