Pular para o conteúdo principal

Aprendendo com um Estadista de Coração

Tenho passado algum tempo “refletindo” sobre a história de Neemias, um estadista de coração, que deixou seu cargo de confiança no reinado de Artaxexes para retornar à cidade de seus pais a fim de reconstruir os muros que estavam em ruínas.
A notícia de que aquela cidade estava desprotegida despertou o cuidado por sua gente e o interesse de restabelecer a segurança em Jerusalém.
Neemias passou algum tempo orando, jejuando e planejando. Estudou o problema. Pautou seus desafios. Traçou metas. Pediu a Deus que lhe direcionasse naquele projeto.
Ao chegar em Jerusalém Neemias enfrentou três tipos de oposição e certamente quando estabelecemos metas também as enfrentamos.
A primeira oposição foi psicológica. Ele estava apenas rodeando a cidade e analisando a situação quando Sambalate e Tobias perceberam sua intenção. Começaram então a questioná-lo e insultá-lo com palavras de desânimo tentando saquear um sonho que ainda estava somente no pensamento.
Nesse momento Neemias anuncia seu objetivo e ao contrario de seus opositores incentiva os moradores de Jerusalém que se juntem a ele nessa empreitada. Ele expõe o plano com ânimo e apresenta possibilidades para um povo que havia deixado adormecer sua esperança. O plano passa do pensamento para a ação.
A obra começa, o ânimo se recobra na cidade e o primeiro momento é de êxito. O plano saiu do papel vencendo a oposição psicológica.
Quantas vezes encontramos Sambalate e Tobias querendo saquear nossos pensamentos? Eles vêm com palavras... Eles vêm com zombarias... Eles vêm com dúvidas e querem de qualquer maneira impedir que o sonho parta para o plano da ação.
Não satisfeitos com essa oposição e vendo que os muros já estavam pela metade, mudam suas estratégias. Querem guerrear, espalham terror fazendo enfraquecer os que trabalham na edificação.
Diante dessa segunda oposição no âmbito da ação Neemias sabe que é preciso continuar o trabalho e se preparar para uma possível batalha. O que faz então? Prepara os homens, os incentiva a continuar, equipa com ferramentas para a edificação dos muros e também com armas para a peleja. Coloca guardas nas portas da cidade enquanto a construção continua.
A preparação e incentivo funciona ao ponto que em apenas 52 dias os muros estão reedificados e a cidade novamente protegida.
E você pergunta: O que aconteceu a Sambalate, Tobias e os outros opositores?
Eles mudaram novamente sua estratégia de oposição. Vendo que os muros estavam edificados (faltavam ainda colocar as portas), chamaram Neemias para se juntar a eles para conversar. Queriam distrair Neemias fazendo desviá-lo de seu foco. Disperso e sem um alvo seus sonhos facilmente se perdem. Enquanto a oposição tem “cara” de oposição é fácil identificá-la, não é? No entanto existe a terceira oposição, que se disfarça de posição e pode facilmente enganar. É como a maçã oferecida à Branca de Neve dos contos fantásticos. Linda por fora, mas por dentro está contaminada com veneno mortal.
Desperte o sonho que um dia te impulsionou, que fez com que você saltasse de alegria e visse possibilidade de vencer na vida.
Sempre existirá oposição, porém haverá sempre a possibilidade de vencer como foi com Neemias.
Para isso faça como esse estadista. Ore, jejue, peça a ajuda de Deus e planeje. Vença as palavras de afrontas, vença os desafios no âmbito da ação e nunca perca o alvo. Oposição será sempre oposição mesmo que se disfarce.
Ouça a mensagem que foi enviada por Neemias aos seus opositores: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?”.
Tudo é possível ao que crê. Em Cristo podemos enfrentar todas as coisas. Nele somos mais que vencedores.

Comentários

Anônimo disse…
Linda msg é essa de neemias...devemos crer em deus e nos sonhos que ele tem colocado nos nossos corações.Pois com cristo é vencer ou vencer!Um grande abraço pra você Daphnne,e fica com deus e boa semana.
LORRAINE
Josilene disse…
Quanto encorajamento há nesta reflexão!
Por mais que façamos inúmeras tentativas de esquecer essa questão...a oposição ainda existe! Nada melhor do que encontrarmos motivos dia após dia para continuarmos a lutar, sempre observando o nosso alvo/sonho e não desistindo dele jamais.

Abraços

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha