Responda-me por favor, você já
sofreu uma decepção neste ano?
Que coisa não? “Nem começamos o
ano” e já tivemos motivos para nos decepcionar com algo ou com alguém. A menos
que você seja uma exceção, claro!
Mas, acredite, as
decepções/frustrações que as circunstancias da vida nos revelam não são de todo
ruins!
Se estamos em busca de
desenvolvimento pessoal vamos precisar tomar decisões importantes, vamos
precisar escolher uma direção a seguir, vamos precisar abrir mão de algumas
coisas que nos amarram. Ás vezes surgirão situações que nos envergonharão ou
nos confrontarão. Outras vezes precisaremos recuar, pedir perdão e reconhecer
que precisamos de ajuda. Nada é tão fácil. Porém, muita coisa não é tão difícil
como julgamos ser.
Eu fiquei a pensar sobre o
assunto e inevitavelmente veio à minha lembrança a história de Naamã. Lembra-se
dele? É um personagem da bíblia. Ele era capitão do exército do rei da Síria
muito respeitado e, era leproso. Ele soube através de uma criada judia que em
Israel havia um profeta de Deus que poderia curá-lo. Imediatamente pediu ao rei
para ir em busca da sua cura e foi. Porém, ele se frustra quando recebe o
recado do profeta com uma ordem para mergulhar no rio Jordão. A bíblia faz o
seguinte relato: “Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu
dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome do Senhor
seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. ”
Dá para entender Naamã, não é
mesmo? Ele era um homem respeitado em sua nação, tinha uma reputação, um status
e pensou que o fato de ser um enviado do rei lhe renderia uma recepção mais
calorosa. Ele havia criado uma expectativa de como seria o procedimento de
cura. Ele inclusive havia imaginado um ritual. Mas, nada do que havia imaginado
aconteceu. Tudo aconteceu diferente daquilo para a qual havia se preparado.
Isto lhe soa familiar? Não parece que se trocarmos os personagens veremos a
nossa própria frustração sendo relatada? Somos mestres em criar expectativas e
imaginar coisas, e coisas boas e grandiosas, certo? E quando a vida nos
apresenta situações adversas àquelas que imaginamos, nos frustramos.
O bom da história de Naamã era
que ele estava acompanhado de pessoas boas que lhe incentivaram a obedecer a
ordem do profeta. Eles diferente do capitão não estavam amarrados a uma
narrativa imaginaria, mas a palavra de um homem que temia a Deus. Naamã venceu
sua frustração e foi ao rio Jordão, mergulhou sete vezes conforme a ordenança e
teve sua saúde completamente restaurada. Se tivesse dado lugar à sua indignação
teria voltado para casa abraçado à lepra.
Não estamos livres de
frustrações. Não mesmo! Podemos ter a certeza de que elas virão mesmo sem a
nossa vontade, mas se dermos lugar a elas, se não sacudirmos a poeira e
seguirmos em frente, permaneceremos estagnados. Devemos usá-las a nosso favor.
Elas devem servir como catapultas para nos impulsionar a saltos grandes na
vida. Você sabe o que é uma catapulta? Dê uma “googlada”, vale a pena! Pois é,
a frustração deve ser como esse engenho de guerra. Elas podem sim nos
beneficiar. Depende apenas de como nos reagiremos a elas.
Pense nisso e dê um salto grande
na vida. Faça isso por você!
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