Sábado passado, dia 19 de maio, foi aniversário de casamento dos meus pais. Eles completaram 39 anos de união. É uma boa caminhada, não é mesmo? Pelo percurso enfrentam temporadas boas e temporadas ruins e seguem unidos com a ajuda de Deus e comunhão familiar. Eles são um exemplo para mim. Não são super-heróis; são reais. Sou grata a Deus pelo privilégio de ser fruto desta união.
Enquanto isso na Inglaterra o príncipe Harry e agora duquesa Megan contraíam matrimonio. As atenções de milhares de pessoas estavam voltadas para eles. Um casamento real, muitas expectativas e especulações. E como sempre, a chegada da noiva foi o momento mais aguardado por todos. Como seria seu vestido? Muito brilho? Apliques, rendas, pedrarias? E o modelo? Evidenciaria suas curvas, deixaria seu colo à mostra? Ou seria volumoso? A indústria da moda aguardava ansiosa para lançar as novas tendências. Momento ideal já que maio é o mês das noivas.
Após a reverencia à rainha, o carro com a noiva se aproxima da capela. Contagem regressiva! A porta do carro se abre e dele salta a noiva. E... um estrondoso “Ahhhh!!!” se escuta pelo mundo. O vestido não é nada daquilo que muitos aguardavam. Simples! Nada de brilho, aplicações, rendas ou volume. Os detalhes ficaram por conta do véu e tiara usada pela noiva. O vestido com decote canoa, brilho opaco e levemente estruturado revelou uma noiva muito elegante. Eu particularmente amei, apesar de obviamente a minha opinião não fazer a mínima diferença.
Sempre defendi a ideia de que a beleza do vestido da noiva não está no brilho, nas pedrarias, rendas, fendas, decotes. A beleza da noiva está em revelar a sua beleza própria. Nunca entendi por que as noivas se maquiam com uma maquiagem tão pesada, deixam seus olhos escuros, se cobrem com uma aparência tão distante daquilo que são num dia tão especial de suas vidas. Com o passar do tempo tenho percebido que os casamentos se tornaram cerimonias de ostentação. Todo o simbolismo da união se tornou um grande comercio como qualquer outra celebração importante na vida social. Gasta-se tanto para celebrar um dia especial com a intenção de agradar, de atender expectativas alheias...
Sei que o casamento real teve um gasto exorbitante. E tudo bem. Afinal é um casamento da realeza. Mas, venhamos e convenhamos, o belo é simples. Não é necessário ostentar. Não é necessário parecer. É necessário ser. Ser fiel ao que se é. Fiel à sua essência. Ser verdadeiro. Custa menos ser simples. É menos complicado. Quando eu vi aquele vestido eu fiquei muito feliz porque eu pude perceber o quanto minha teoria é válida. Ali estava uma noiva autentica. Ela escolheu o vestido. Tinha um conceito ali e ela não abriu mão. Todas as câmeras fotografaram sua escolha por mais simples que pudesse parecer. Simples assim.
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