Pular para o conteúdo principal

Basta!


José foi um personagem de muita visibilidade na história cristã. Ele inspira e instiga a muitos. Conhecido como sonhador é muito citado em mensagens motivacionais. Ele pertencia a uma família muito numerosa e seu pai era ninguém menos que Jacó, o homem que deu nome a uma grande nação, Israel. O desenrolar de sua história revela muitos detalhes que chamam a atenção. E um deles especificamente tem se acendido diante dos meus olhos que é a reação de Jacó ao saber da “morte de José”. (Gênesis 37).
Jacó recebeu a noticia de morte do seu filho José como uma verdade. A túnica de várias cores lhe foi entregue toda manchada de sangue. Aquilo para Jacó representava a veracidade da situação apresentada. Ele chorou e se cobriu de luto. Jacó não podia suportar a ideia que seu filho amado, fruto da sua velhice, estava morto. José representava algo muito bom na vida de seu pai. Era seu troféu. Porém, naquele momento todo o bom e melhor havia acabado. Jacó não foi mais o mesmo. Sua alma estava cheia de angustia e dor.
Depois de José nasceu a Jacó seu filho Benjamim. E o interessante é que Jacó não colocou Benjamim no lugar de José. Aquela túnica manchada de sangue ainda o lembrava da dor e da perda irreparável. Por mais que o filho mais novo recebesse proteção e cuidado as feridas da alma de Jacó não foram curadas. Jacó era um homem amortecido. E quantas pessoas não estão levando a vida como Jacó? Amortecidos na alma, entristecidos, feridos, machucados. A tristeza adoece o coração.
Seguindo a história, lá na frente, depois que os irmãos de José descem ao Egito em busca de alimento para a família, Jacó fica sabendo que José não está morto. (Gênesis 45). A principio ele não acredita. Afinal, ele tinha a túnica manchada de sangue. Ele a via constantemente... Quão difícil é sair do luto não é mesmo? Quão demorada pode ser a cura da alma! Mas, Jacó olha para tudo que está diante de seus olhos e alguma coisa acontece dentro dele. A esperança demorada havia o entristecido, mas agora ela retorna e a bíblia diz que ao crer que seu filho está vivo o espírito de Jacó reaviva e ele solta um brado: Basta! Meu filho vive!
Uau! Eu posso imaginar Jacó recebendo uma boa dose de ânimo. Posso sentir a alegria entrando em seu coração e tomando posse de todo o espaço que a tristeza havia ocupado. Houve uma reintegração de posse! Tristeza pode ir embora. Meu filho vive e eu vou vê-lo antes que eu morra. Luto tristeza, angustia, amargura isto é um adeus definitivo. Eu estou indo encontrar meu filho José.
Sabe, eu creio em Deus e creio que ele vivifica. (Efésios 2). Você não precisa viver como Jacó. Entregue o seu coração a Jesus. Deposite toda sua dor aos pés da cruz. E sim, você receberá vida abundante em Cristo. Diga hoje mesmo para seu sofrimento: basta! Eu recebo vida em Jesus!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha