Pular para o conteúdo principal

Cheiro de Eucalipto e uma Gota de Esperança

Recentemente meu lugar de trabalho foi alterado e passei a fazer um caminho diferente para chegar até lá. O novo endereço me faz passar à margem de um parque da cidade onde se tem uma reserva ambiental considerável. Passando por este caminho é difícil ignorar o cheiro suave de eucalipto que exala do parque. O cheiro é inconfundível e me traz à memoria boas lembranças.
Estudei meu ensino fundamental numa escola próxima à UFU (Universidade Federal de Uberlândia). O terreno da universidade, na época, era todo cercado por eucalipto. Eu e meus irmãos voltávamos a pé da escola para casa. Podíamos sentir o cheiro de eucalipto por todo o caminho. Era um cheiro muito bom. Aqueles eucaliptos que contornavam a universidade formavam uma barreira visual e quem estava de fora não conseguia ver muita coisa do que se passava do lado de dentro. Sempre que passava por ali eu ficava imaginando como seria estudar na universidade. Eu pensava: um dia vou estudar aqui.
O tempo passou e eu mudei de escola para cursar o ensino médio e não passava mais pelas costas da universidade e nem sentia mais o cheiro de eucalipto. No entanto o desejo de entrar naquela instituição de ensino não me saiu do coração. Estudei o tempo necessário para eleger minha profissão. Escolhi o curso que queria fazer e prestei o vestibular na UFU. Foram quatro tentativas para uma conquista. Eu estava do lado de dentro. Era uma aluna universitária naquela instituição. E advinha? Quando finalmente entrei eu sabia que queria sair. Sim, porque finalizar um curso numa universidade é um desafio e tanto. Conclui o currículo proposto e conquistei o meu diploma. E agora, dirigindo-me para o meu trabalho sentindo o cheiro do eucalipto, pude me alegrar com as boas lembranças. Aquilo que eu desejei eu conquistei. Mérito meu? Não. Eu sei que não teria conseguido sem a aprovação de Deus. E também sem o incentivo dos meus pais teria sido difícil. O que sei é que foi possível e eu realizei um sonho. E essas boas lembranças me fazem ter esperança de que outros sonhos também são possíveis de se realizar. Boas lembranças dão esperança!
 “Torno a trazer isso à mente, portanto tenho esperança”. Lamentações 3:21
Experimente trazer à sua memória boas lembranças. Certamente sua esperança será renovada e você encontrará razão para acreditar que outras conquistas são possíveis de conquistar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha