Pular para o conteúdo principal

Daniel - O decidido

Tenho me exercitado bastante na observação e confesso que dia após dia fico mais surpresa com o comportamento humano. Sei que não sou perfeita e estou longe de alcançar a perfeição. Quem dera estivesse mais à frente neste quesito! Fico admirada com a falta de decisão da sociedade atual, salvo as exceções. 
O que dá a entender é que as “decisões” que se tomam se sustentam numa pequena conjunção condicional: “se”. Eu faço assim, mas se não der certo, faço assado... Eu vou, mas se eu tiver um plano B... E por aí vai. Tudo depende tudo é relativo e o SIM e o NÃO são cada vez mais “flexíveis”. Exemplo disto se pode ver nos casamentos atuais. São compromissos assumidos diante da possibilidade de um divórcio “se” não der certo. Tem sempre um “jeitinho brasileiro” para driblar as decisões. 
Aprendi desde criança que nossa palavra deve ser sim ou não. Uma vez que se toma uma decisão, não se deve voltar atrás. Aprendi que toda decisão tem a sua consequência. 
Particularmente preciso de tempo para pensar para então tomar uma decisão. Esse negócio de “pense rápido” geralmente não funciona comigo. Opto muito pela cautela e responsabilidade e certamente farei o possível para cumprir minha palavra. Aprendi assim e acredito que é o certo. Não digo que é fácil, pois não é. Mas, impossível não é.
Vejo muitas pessoas fracas de caráter, muitas vezes dependentes de uma ajudinha para viver. Não se responsabilizam por suas decisões, aliás, precisam se apoiar na opinião de terceiros para dar uma palavra e que nem sempre se manterá firme. São rápidas nas “decisões” tão rápidas que voltam atrás constantemente. Suas decisões são como gangorras apoiadas no eixo da dúvida: “se”.
Eu oro a Deus que me ajude. Não quero ser como estes. Prefiro ser como Daniel, uma pessoa decidida! O livro de Daniel está cheio de lições sobre decisão; determinação; coragem. Tanto o personagem central como outros personagens como Hananias, Azarias e Misael. Homens que deram a sua palavra defenderam sua postura, assumiram os riscos, sofreram as consequências, mas não voltaram atrás nas suas decisões. Foram provados mais de uma vez e foram persistentes. Suas palavras tiveram peso.
O que precisamos neste tempo é de pessoas que assumam suas responsabilidades... Pessoas que têm a coragem para dizer um SIM ou um NÃO e assumir as consequências... Pessoas que se decidam de verdade, que deixem a gangorra da indecisão de lado e assumam uma postura diante dos fatos.
Decisão é algo sério!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e