Algumas receitas culinárias pedem que se lhe adicione essência disto ou daquilo. Muitas delas referem-se a essência de baunilha. Além de dar sabor à receita ela acrescenta um cheiro muito especifico e bom.
Acabei descobrindo, em decorrência da minha curiosidade, algo que me impressionou. As essências de baunilha que facilmente encontramos nos mercados, não contem baunilha.
Como assim? Como pode uma essência não ter aquilo que lhe é próprio?
Essência, segundo o dicionário Michaelis, quer dizer: Natureza íntima das coisas; aquilo que faz que uma coisa seja o que é, ou que lhe dá a aparência dominante; aquilo que constitui a natureza de um objeto.
Para quem trabalha com culinária a informação acima não é um problema. O que acontece é que o produto é adquirido por meio de processos químicos e o resultado fica bem próximo do desejado.
O que mais me chama a atenção na verdade é o termo “essência”.
É fácil perceber que muitos têm vendido uma aparência daquilo que se pretende, mas que na verdade não constitui a natureza da coisa. Complicado?
Se eu levar este texto para o contexto religioso talvez consiga lhe explicar.
Muitos vendem a aparência de religioso (e isto acontece em qualquer religião), mas na verdade a aparência não corresponde com aquilo que a religião prega, não têm a essência da religião em si mesmos. Por esta razão há tantos escândalos. Estamos vendo o resultado disto nos noticiários mundo afora. É fácil parecer caridoso, amoroso, santo, crente, paciente.
A cor, o cheiro, a textura da essência que se vende no mercado podem ser obtidos sinteticamente. Porém, algum curioso um dia descobrirá que naquela composição está faltando o produto principal. Da mesma forma conseguimos esconder a nossa natureza por um período de tempo, mas a nossa essência em algum momento se manifestará. É preciso ter muito mais que a aparência. Precisamos ter a essência: Deus!
Que Deus nos ajude a ser semelhantes a Ele, de ter em nós mesmos a natureza dele. Só assim poderemos ser essencialmente santos.
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