Comentei aqui no blog, semana passada, sobre
o livro que li: “Uma trufa e 1000 lojas depois”.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção,
dentre vários detalhes, foi a paixão que Alexandre Costa coloca nas palavras: “eu
sou chocolateiro”. Não é necessário ver sua fisionomia para saber que seu rosto
brilha com esta declaração. Está implícito!
Tenho pensado muito a respeito de profissão, vocação.
Muitos fazem suas escolhas visando uma vida
financeira de sucesso e não raro tornam-se profissionais arrogantes e avaros.
Por outro lado, profissionais que têm paixão
parecem ter sido eleitos para a “coisa”. Poderiam exercer a função mesmo não
obtendo retorno financeiro. A paixão como diria, John Maxwell no livro “Talento
não é tudo”, é o primeiro passo para a realização.
Logo após minha formação acadêmica, senti uma
grande satisfação em responder a pergunta: qual a sua profissão? Fui contra a
correnteza ao escolher design como
profissão e estava mesmo muito feliz em poder declarar a minha escolha. Depois
veio a Pós e sei que muitos ainda ficam com um enorme ponto de interrogação
quando ouvem sobre minha especialização, mas eu particularmente estou segura
com a minha profissão. Eu sou designer.
Amo a passagem bíblica em que José ao receber
sua família na corte do Egito, os orienta a ficar firmes em declarar suas
profissões (Genesis 46). Eles eram pastores e esta ocupação era abominação para
Faraó. Mesmo assim, eles deveriam seguramente afirmar qual era o negócio da
família.
Mais recentemente tenho pensado não somente a
respeito da vocação acadêmica ou profissionalização, mas também sobre vocação
ministerial. Sobre o “chamado” na obra de Deus.
Acredito que cada um de nós que pertencemos a
Cristo, que o reconhecemos como Senhor de nossas vidas, temos um lugar nEle
para desenvolvermos um papel. A bíblia fala sobre os cinco ministérios em
Efésios cap. 4 verso 11: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres”.
Assim como no mundo dos negócios, alguns
almejam ministérios pela motivação errada e isto se reflete no desserviço que
fazem. Infelizmente há muita arrogância também dentro da igreja, uma aparência
de ser quando na verdade não é.
O contrário disto, porém, traz para a igreja o
que o escritor do livro de Efésios já dizia: edificação, unidade da fé e
maturidade espiritual.
Que bom seria se todos pudessem honrar sua
vocação dentro da obra do Senhor. Que bom se todos pudessem se vestir de
paixão, zelo e temor do Senhor e ter a satisfação em dizer: eu sou pastor apostolo,
profeta, evangelista ou mestre. E não apenas dizer com satisfação, mas se
dedicar com toda a sua alma, força e entendimento ao chamado do Senhor.
A profissão “pastor” pode ainda ser para
alguns uma abominação, mas para Jesus é uma profissão muito especial, tanto que
ele mesmo declarou: "Eu
sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. João 10:11
Você sabe qual é a sua vocação? Você exerce o
seu ministério com a motivação certa? Você se lembra do seu chamado? Como foi
que Deus te chamou? Como foi que você aceitou o chamado? Porque não reacender a
chama da paixão e do amor ardente pela obra do Senhor?
E então? Qual é a sua profissão?
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