Aprecio muito a história de Israel. Estou sempre relendo e estudando os fatos relevantes deste povo. Um dos acontecimentos intrigantes foi quando Israel pediu um rei. Eles queriam um líder à semelhança das outras nações.
Ora, Israel vivia uma teocracia. Todas as questões politicas e religiosas eram ordenadas por Deus através de seus profetas. Era um privilégio! Porém, eles o rejeitaram.
Samuel, o profeta, se entristeceu porque pensava que o povo o havia rejeitado como “boca” de Deus, quando na verdade eles haviam rejeitado o governo do próprio Deus.
O pedido do povo é atendido e Deus lhes dá Saul como rei.
Lá na frente Saul desliza feio e é cortado do reino de Israel. Então Deus mostra para Samuel um homem para governar sua nação, um segundo o seu coração.
Muitos aproveitam a ocasião para perguntar: Mas Saul não foi escolhido por Deus? Por que só depois dele é que Deus apresenta um homem segundo o seu coração?
Simples, Saul foi dado como resposta ao clamor do povo. Ele tinha a semelhança com os reis das outras nações. Era alto, bonito, valente, se destacava no meio deles. Sua aparência era relevante.
No entanto quando Deus chama Davi, ele o faz segundo o seu coração.
Não vemos Davi sendo exibido a Samuel como candidato ao trono. Para sua família ele era apenas um pastor. Os outros rapazes de Jessé tinham os requisitos dos reis das outras nações: altura e boa aparência eram homens valentes.
Agora, Deus chama a atenção de Samuel dizendo não atente para a aparência, o Senhor não vê como o homem, mas o Senhor vê o coração. A partir daquele momento não seria mais como o povo havia pedido, seria à maneira de Deus.
Mais uma vez os críticos tem uma questão: Davi, o homem segundo o coração de Deus cometeu um erro grande. E aí? Como é que fica?
Davi errou feio, é verdade. Isto não foi ocultado das escrituras. Porém, a diferença de Saul e Davi é muito nítida. Saul pecou, mas não se arrependeu. Davi pecou e se arrependeu.
Saul e Davi foram reis. Saul e Davi pecaram. Os dois tiveram oportunidade de arrependimento. Só um se arrependeu.
Podemos ser cristãos na aparência. Pode ser que os outros nos vêm como iguais. Podemos viver uma religiosidade. Porém, Deus continua vendo o nosso coração, as intenções, os pensamentos...
Nos apresentaremos como “cristãos de fachada” ou viveremos um evangelho verdadeiro? Seremos iguais ou diferentes?
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