Ontem desejei morar no litoral.
Ah... Seria bom andar pela clara areia da praia e sentir
as ondas do mar batendo nos pés...
Eu desejei ficar dentro da água e por algum tempo vislumbrar a
paisagem.
Ah... Seria bom admirar as águas se encontrando com o céu
no horizonte.
Eu desejei ver as ondas vindo de encontro com a areia da praia e
retornando para o mar reconhecendo seu limite.
Eu desejei, eu confesso... Seria bom!
Eu apenas desejei por um momento morar no litoral...
Meu coração seguiu inquieto diante das minhas limitações enquanto eu
desejava brincar contra as ondas do mar debaixo dos raios do sol em um dia
claro ou caminhar pelas areias da praia numa noite de luar.
Então enquanto pensava nessas maravilhas de Deus eu comecei a me abrir
com o criador.
Confessei a ele que por muitas vezes tenho agido como as ondas do mar...
Por um momento eu avanço na fé e na esperança e parece que vou alcançar o
que tenho desejado, mas em outros momentos como as ondas retornam para o mar
minha fé e esperança pareceram recuar.
Conversei com Deus e confessei que em alguns momentos sinto ter com ele a
intimidade das águas no encontro com o céu no horizonte, um caminho a perder de
vista, mas que em alguns momentos não me sinto assim.
Porque tanta inconstância?
Mas se eu ao menos pudesse vislumbrar o mar...
Eu confirmaria o que Deus falou no silêncio do meu coração enquanto me
confessava.
Todas as coisas estão sobre o seu domínio.
As ondas, o firmamento, o vento...
E todos eles compõem sua obra maravilhosa obedecendo aos seus limites.
Nada foge do seu controle ainda que eu não perceba, ele está regendo
todas as coisas com sua graça e misericórdia; o vento, a maré, o sol e a lua.
Então como não moro no litoral, voltei para meu “mundo real” como se Deus
tivesse soprado um vento vindo do mar pelo meu caminho.
O frescor da fé e esperança veio como uma brisa suave em minha vida e, eu
vislumbrei as maravilhas de Deus mesmo não morando no litoral!
(apenas relembrando...)
(apenas relembrando...)
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