Pular para o conteúdo principal

Volte Para Ver

Houve um tempo (não sei se de fato já passou) em que vários cantores da música gospel se inspiraram no livro de I Reis cap. 18 para comporem suas músicas.
Músicas boas, sem dúvida. Lembro-me de um momento memorável que cantávamos uma delas num ônibus voltando de uma convenção da igreja que tivemos em São Paulo.
Foi uma viagem maravilhosa. Deus nos visitou de uma maneira muito especial. Quem, no tráfego da rodovia, podia imaginar que aquele ônibus balançava por conta de uma visitação de Deus?
Pois bem, estou falando da passagem que relata Elias pedindo a Deus para mandar chuva sobre a terra após três anos de sequidão.
Não sei dizer a razão mas, tenho pensado muito em Geazi; o personagem coadjuvante da história – servo do profeta.
Ele tinha um “probleminha” com sua visão e audição. Era muito limitado, tal como nós em várias situações.
Por conta disso teve que voltar a olhar na direção do mar por sete vezes.
Sempre que olhava, não conseguia ver nada que indicasse chuva pesada conforme o profeta havia previsto.
Como o profeta podia ouvir o barulho de chuva pesada se nem ao menos um pingo tenha tocado em seu corpo? “Como assim?”
Paciente e confiadamente Elias apenas voltava seus olhos para Geazi e dizia: “Volte para ver”.
Note que, desde a primeira vez, as palavras do profeta foram “volte para ver” e não “volte e veja se há algum sinal que vem a chuva pesada que eu disse que viria”. Não havia dúvida.
E apesar de que não havia dúvida, o profeta continuou a orar. Enquanto que na dúvida, Geazi teve que voltar a olhar, para ver o que não conseguia.
Geazi em outro momento da história também não conseguiu ver os cavaleiros em seus carros vindos em socorro do povo de Deus. Foi preciso que o profeta orasse a Deus para que Ele abrisse os olhos do seu servo.
Muitas vezes estamos como esse personagem, com os olhos turvos.
Precisamos voltar os olhos para Deus para ver o que Ele tem colocado diante de nós.
Pode ser que a nuvem que tem se levantado do mar já está tão alta que nem percebemos quando ela surgiu. Talvez pelo choro. Quem consegue enxergar bem quando os olhos estão marejados de lágrimas?
Diante disso, enxugue as lágrimas e volte para ver!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e