Certa vez, num domingo, eu e minha prima brincávamos no quintal da casa de nossa avó com brinquedos improvisados. Era um dia de confraternização em família; aquele domingo tradicional onde todos se reúnem para um almoço especial.
Naquela ocasião havíamos deixado nossas bonecas e demais brinquedos em minha casa. O almoço já havia passado e o calor da confraternização se estendia casa adentro enquanto nós nos divertíamos lá fora. Porém, o tempo passou e nós nos cansamos de improvisar brincadeiras.
Foi nesse momento que decidimos ir embora, sozinhas.
Decidimos porque estávamos desanimadas. Não nos sentíamos parte da confraternização. As conversas dentro de casa não eram interessantes para nós; não havíamos nos envolvido nelas. Estávamos apáticas a tudo que acontecia do lado de dentro. Manifestamos nosso desejo de ir embora, mas diferente de nós, os demais estavam envolvidos.
Pensávamos que conseguiríamos ir embora sozinhas, a final o trajeto da minha casa para a casa da minha avó era percorrido por nós todos os domingos. Seria uma coisa fácil.
Saímos. Passamos por uma esquina e por outra e andamos um caminho...
Já viveu essa situação? Tenho visto muitos a vivendo todos os dias.
Uma frase tem se tornado comum no meio deles: “Estou desanimado”. “Sinto-me como peixe fora d’água”.
Qual a razão disso acontecer?
Apatia! Assim como eu e minha prima na história acima.
Estar animado e sentir-se envolvido vêm com convivência. Se não há convivência, como esperar o contrário? E tal como nossa atitude na história, o próximo passo é virar as costas e ir embora. Mesmo que isso custe caro.
Como não poderia ser diferente, nos arrependemos e ainda perto da casa da minha avó percebemos que deveríamos voltar. Enquanto pensávamos sobre o assunto nossos pais chegaram. Ficamos felizes em vê-los e ao mesmo tempo com receio da repreensão.
Com toda certeza havíamos aprendido a lição, fomos repreendidas e de volta em casa decidíamos nos envolver. Era a coisa certa a fazer.
Pense nisso!
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