Não sou do tipo de pessoa que segue as tendências da moda, mas não significa que seja alheia a esse contexto. Posso até dizer que entendo um pouco do assunto, mesmo que isso soe estranho a muitos ouvidos.
Sou estilista*. Uau! Que revelação hein?!
Estilismo envolve design. Isso explica?
Não se preocupe, não represento risco à sociedade; não exerço a profissão – a não ser por alguns corajosos que me procuram (risos).
Ok! Chega de enrrolação. Vou direto ao assunto.
Tenho desenvolvido a “arte da observação” e confesso que o comportamento da sociedade em relação à moda me chama a atenção.
Gostaria de compartilhar com você alguns pensamentos a esse respeito.
Não sigo as tendências por algumas razões e uma delas é questão de personalidade.
John C. Maxwell escreveu “A maneira como você se veste comunica quem você é.” Concordo com ele e sendo verdadeira essa afirmação temos um problema, então. Qual é a personalidade que estou apresentando quando me visto segundo as tendências da moda? Quem são as pessoas que as desenvolvem? O que buscam valorizar? Quais os conceitos trabalhados para chegar às tendências?
Vestir na moda a meu ver é renunciar à personalidade, ou seja, abrir mão da qualidade que o diferencia do outro e o faz ser exclusivo. A moda tende a equiparar os indivíduos. (Logicamente essa minha observação não generaliza os fatos. Faço referencia àquelas pessoas que são completamente dependentes das tendências da moda e julgam os outros por esta perspectiva).
Logo o que é comunicado na maneira como a sociedade, adepta das tendências, se veste é reflexo da personalidade dos profissionais da moda e não de si mesma.
Não é isso que quero comunicar na minha maneira de vestir. E quanto a você?
O assunto rende e ainda poderia dizer de outros aspectos, mas entendo que ocuparia mais o seu tempo.
Acho importante refletir sobre esse assunto quando a maneira como nos vestimos comunica quem somos nossas crenças e nossa identidade.
Pense nisso!
*Curso de Estilismo promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, através da Divisão do Trabalho, de Uberlândia. Ano 2003.
Comentários
Mas concordo em gênero, número e grau! E sabe de uma coisa, acho que o tempo em que vivemos é o tempo quando mais se desvaloriza a personalidade, ou posso associar à IDENTIDADE. E isso está se infiltrando nas igrejas. Não, não estou comentando fora do seu contexto, mesmo porque hj em dia é 'moda' ser 'crente'. Moda, moda, moda... E nem bonita essa palavra é!
Abraços, fik com Deus, e 'de olho na moda' rsrs
André Rodrigues.