Você já teve a experiência de ter sede e não ter água para beber? Ou, ligar o chuveiro e não encontrar água para banhar-se? E ainda entrar no banheiro e não poder contar com água para descarga ou higiene das mãos?
Pois é, em qualquer destas situações a falta de água produz aflição.
Vivi essas experiências em minha viagem para o nordeste. Não acontece com freqüência, mas o fato é que estávamos em um grupo grande e por onde passávamos aumentávamos em um curto período de tempo o consumo da água do reservatório.
Eu não entendo o que acontece com nosso cérebro quando ele recebe a alerta de que há falta de água, mas o meu pelo menos se desespera.
Parece que tenho mais sede, aquele banho que foi adiado enquanto tinha água começa a me incomodar de maneira absurda e a minha bexiga parece encolher kkkkk. A impressão que tenho é que o alarme ecoa no cérebro ativando todo o corpo em busca de água. Fico aflita, ansiosa e não consigo parar de pensar em outra coisa se não em água.
Essas experiências fizeram me lembrar da mulher samaritana.
Havia acabado a água do seu reservatório em casa. Não havia mais água no cântaro. O jeito era ir ao poço e se reabastecer para que a inquietação física cessasse. Talvez sua boca já estivesse seca em busca de água ou seu corpo estivesse clamando por higiene, eu não sei. Mas eu entendo que só vai ao poço pessoa disposta ao sacrifício ou ao esforço físico de tirar água por necessidade. Poço não é lugar de passeio turístico. Poço não é praça de convivência. Poço é lugar onde se pode encontrar água e essa mulher samaritana tinha essa necessidade.
Talvez ao avistar um homem assentado no poço ela tenha se alegrado em pensar na possibilidade de ele oferecer a gentileza te tirar água para ela assim seu esforço físico seria menor.
Sua primeira surpresa foi saber que o homem era judeu. Depois ele pediu água. Surpresa dupla. Judeus não se davam com os samaritanos e ao invés de prestar ajuda o homem estava pedindo um favor. Dá-me de beber.
Pedir água para uma pessoa sedenta é realmente uma atitude intrigante.
Mas, Jesus sabia o que estava fazendo. Ele estava despertando o alarme na mente daquela mulher, fazendo com que seu corpo procurasse desesperadamente por água. Ele ainda fez mais, suas palavras vão alem do campo físico, produz reações na alma. A sede despertada naquela mulher ecoou na alma e não podia ser controlada. Tudo o que ela precisava era saciar sua sede. Ela estava no lugar certo para a necessidade física. Diante do poço. Estava no lugar certo para sua necessidade da alma, diante de Jesus. A água viva.
Conhecemos o diálogo de Jesus com a mulher samaritana, mas vale ressaltar.
Jesus disse: Se conheceras o dom de Deus, e quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
E ainda: Todo aquele que beber desta água ( a água do poço) tornará a ter sede (sede física), mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Deveras, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
Querido amigo e leitor, se sua sede hoje ultrapassa o campo físico, está ecoando na alma, como era o caso desta mulher samaritana, tenho uma boa notícia: A fonte de água viva não secou. Jesus ainda continua a oferecer desta água para você. Peça e ele dará.
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