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Turista em construção

Hoje é o Dia Mundial do Turismo. Legal né? Não sei você, mas eu amo viajar. Desde a minha infância eu tenho o costume de viajar. A princípio, quando era criança, eu viajava da minha cidade para cidades vizinhas para visitar meus familiares. Viagens curtas, de carro, com meus pais e irmãos. Era um tempo bom. Depois passei a viajar para cidades um pouco mais distantes, para eventos da igreja. Íamos de carro, ônibus e até caminhão. Mais crescida e um pouco mais velha, comecei a visitar a minha irmã que se mudou para o sul do Brasil. Eram viagens longas de carro com a família ou sozinha de ônibus. Doze horas de viagem. Com as distâncias maiores e maior tempo de viagem eu tive a oportunidade de viajar de avião. Isso foi um marco significativo em relação a viagens. E por fim, mais velha, experimentei viajar sozinha, de avião, para o Exterior, e gostei da experiência. Não sou uma “influencer” de viagens, não viajo com tanta frequência (como eu de fato gostaria), mas tenho feito mais viagens
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Odeio esperar!

Odeio esperar! Sei que o verbo odiar é muito pesado. Minha mãe me ensinou a usar esse verbo com muita cautela. Mas não há expressão melhor para descrever o que sinto em relação à espera. Já vivi quarenta e um anos e alguns meses e passei, continuo passando, pela espera. A espera me irrita, me frustra, me decepciona e revela a minha pior versão. E talvez você esteja imaginando eu gritando, chutando as coisas ao meu redor ou partindo para a agressão física. Não. Graças a Deus! Não é disto que estou falando, no máximo o que você verá será a minha cara fechada. O problema é que todo o meu desgosto com a espera acontece internamente, no coração e na mente. São os meus pensamentos e emoções que são afetados pela espera. Minha boca se fecha, mas por dentro sou tomada por um turbilhão de palavras. E é nesse momento que a minha fé, as minhas crenças, meus princípios e esperança são colocados à prova. Preciso gerir todo o turbilhão de vozes da minha cabeça e ordená-las. É nesse momento que ten

Vale a pena?

  Oi. Tudo bem? É uma surpresa receber sua visita por aqui. A internet mudou tanto nos últimos anos e a forma como nos comunicamos também. Não é mesmo? É raro encontrar alguém que queira ler pouco mais de cem caracteres... enfim. Eu estava olhando para minha última postagem, foi em agosto do ano passado. Quanta coisa aconteceu neste tempo! Eu tenho estado muito reflexiva nestes dias. Tenho lido minhas postagens aqui. Tenho lido os comentários que recebi ao longo deste blog. Eu mudei muito. Mudei minha forma de escrever, de compartilhar meus pensamentos. E sinceramente não sei dizer se isso é bom ou ruim. Fui para o Instagram, comecei a compartilhar fotos dos meus passeios e coisas afins. Tenho um perfil fechado para minhas publicações mais pessoais e um perfil aberto para minhas publicações com o tema de culinária. Mas confesso que sinto falta deste blog. Este canal foi um lugar de muita reflexão. Escrevi textos com tanta inspiração... chorei e ri por aqui. Eu escrevi

Caderno de perguntas

Eu tive um sonho para amanhecer hoje. Sonhei que eu via um menino carregando um caderno de perguntas. Fiquei interessada no que vi e ao mesmo tempo nostálgica. Pedi para ler o caderno e fiquei por alguns minutos entretida com aquilo. Ao acordar eu estava ainda mais nostálgica pensando em como era a nossa rede social nos anos 80/90. Era com aquele caderno cheio de perguntas diretas e as vezes bem intimista que conhecíamos novas pessoas. Perguntávamos de tudo um pouco. Idade, gostos, vontades, medos, anseios, preferencias... Sempre que tínhamos a oportunidade oferecíamos o caderno para que novas pessoas respondessem as perguntas. Cada pergunta tinha um número e cada nome também. Assim se queríamos saber determinada coisa de uma pessoa, procurávamos pelo número da pergunta e pelo número correspondente da pessoa que respondeu o questionário. Hoje as redes sociais fazem o papel do caderno, com uma grande diferença, não é possível conhecer uma pessoa pelas postagens que ela faz. Ou você

Buona memoria

Quando eu estava no ensino médio, no momento de decidir por uma profissão, eu finalmente quis dar sentido à minha habilidade com desenho e trabalhos artesanais. Eu sabia desde sempre que queria entrar para a Universidade Federal de Uberlândia e o curso disponível que me interessava naquela instituição era Decoração. Eu me interessava por muitas formas de arte, a arquitetura, a pintura e escultura. Paralelo a isso eu comecei a buscar conhecimento bíblico. Comecei a ler com diligencia a bíblia sagrada e a buscar uma experiência pessoal de fé. E estes momentos me levaram a pensar na Itália. Pela arte, pela arquitetura e pela fé com a história do cristianismo e as viagens de Paulo. De repente a Itália havia tomado um lugar importante na minha imaginação. Eu comecei a divulgar meu interesse por aquele país. Minhas falas a respeito do futuro incluíam visitar Roma, conhecer o Coliseu, apreciar as obras de Michelangelo e tudo o mais. Eu comecei a estudar Decoração e as aulas de História da

A espera

Estou sentada num corredor estreito e longo. O ar está frio. As paredes brancas ressaltam a frieza do ambiente. À frente, fixado na porta, está um cartaz com a imagem de uma enfermeira com a mão indicando o pedido de silencio. Olho o relógio e já se passaram quinze minutos de espera. Chega mais um ‘paciente’ e se assenta ao meu lado. Procuro algo na bolsa para direcionar o meu olhar. Não quero conversa. É em vão. Respondo algumas perguntas e tento me distrair com o celular. Percebo que meu atendimento está atrasado a mais de hora. Não paro de balançar as pernas impacientemente. Não gosto de esperar. Não gosto de perder tempo em salas de espera. A voz no microfone vindo da recepção não se cansa de indicar a chegada de mais pessoas. A sala vai se enchendo. A maçaneta se move. Sou a próxima. Me sinto aliviada, mas é hora do intervalo do médico. Volto para minha espera, para minha inquietação e para meus pensamentos. Você se identifica? Quem gosta de esperar? Até hoje não conheci uma pesso

Comprando pão em Milão

Ontem eu me lembrei de uma experiência que vivi em Milão, na Itália. Coisa simples e corriqueira que, pelo fato de não estar no meu país, me deixou desconsertada. Eu fui a um supermercado comprar algumas guloseimas para trazer para o Brasil e aproveitei para pegar alguma coisa para comer naquele fim de tarde. Observei que havia uma sessão grande com muitas opções de pães. O cheiro daquele lugar estava realmente delicioso e sugestivo. Parei para escolher uma opção e me deparei com um sistema novo. Cada pão estava num compartimento individual de vidro. Ao lado de cada compartimento havia uma bandeja. Eu conseguia ver que era necessário selecionar a opção e fazer deslizar o pão para a bandeja ao lado para então retirá-lo, mas, não sabia como fazer aquilo exatamente. Não havia mais ninguém naquela sessão para que eu pudesse imitar. Esperei alguma pessoa aparecer para pedir ajuda, mas o único que apareceu era um italiano, obviamente, e eu não conseguia me comunicar. Apelei para a mímica