Maio de 2019. Eu voltava da Itália para o Brasil. Um grande sonho havia se realizado. E agora?
Essa pergunta ecoou na minha mente por um tempo. Comecei a pensar na sensação agradável de viajar e conhecer lugares novos. Pensei na oportunidade de conhecer lugares turísticos e famosos mundialmente. Pensei nos lugares elegidos como maravilhas do mundo moderno.
Naquele momento eu teria que eleger um destino. Então procurei identificar os países que estavam na lista das sete maravilhas: Itália (Coliseu) eu havia acabado de conhecer, Brasil (Cristo Redentor) hum, queria fazer uma viagem internacional, próximo? México (Chichén Itzá) pensei logo na comida mexicana, amo! Peru (Machu Picchu) interessante, e para melhorar, a gastronomia peruana está em ascensão, ótimo, está próximo do Brasil. Jordânia (Ruínas de Petra) certo, próximo? Índia (Taj Mahal) hum, seguinte? China (Grande Muralha da China), está bom, anotado.
Dentre as opções, a que mais pareceu viável para aquele momento foi o Peru. Pais ‘colado’ no Brasil. Gastronomia atrativa. Natureza, algo diferente do que eu havia acabado de experimentar, fora da minha zona de conforto. O desafio me pareceu atraente. Mas, eu não podia ignorar que teria que eleger entre viajar e escrever um livro. Afinal, minha ida para Itália merecia um registro digno, e não só a ida, mas o processo. Eu queria ajudar outras pessoas, na verdade eu queria incentivar outras pessoas a realizarem seus sonhos. Eu realmente achava que valia a pena investir no meu segundo livro.
Não demorou muito para tomar uma decisão. Naquele momento o dólar estava em alta. As cotações para viagens ao Peru não estavam me animando. Eu pensei que viajar seria uma realização muito pessoal enquanto escrever poderia resultar em algo positivo para mais pessoas. Eu teria que dedicar um tempo para escrever um livro e responder algumas perguntas.
O que escrever um livro significava para mim? Qual era o meu objetivo em escrever? Lucro? Exposição? Não. Era mais que isso. Nada a ver com valor monetário. Nada a ver com exibir minhas conquistas. Tinha a ver com meu propósito de vida. Eu queria incentivar, animar, encorajar outras pessoas a sonhar e realizar seus sonhos, tal como. Eu queria mostrar que com fé em Deus, com trabalho e persistência é possível. Então, o que valia mais a pena? Mais uma realização pessoal ou agregar valor à outras pessoas?
E foi então que o livro começou a tomar forma. Uma coletânea de textos. Pessoas importantes tiveram parte no processo. Um sonho não se realiza sozinho. Foi um processo intenso. Senti fortemente o meu propósito de vida em ação. Eu chorei, eu sorri e eu investi. Não foi qualquer investimento. Foi emoção, foi trabalho, foi oração, foi dinheiro e tive certeza que estava fazendo a coisa certa.
O lançamento do livro foi o presente que me dei de aniversário. Eu estava feliz. Tinha valido a pena. E então comecei a receber feedback dos leitores. Histórias que se passam fora dos holofotes. O resultado de uma decisão que valeu muito a pena.
Eu freei os textos do blog. Escrevi muito pouco em 2020, e esse ano mereceu muito um livro, você não acha? Um enredo pronto. Mas, não senti a inspiração fluir. E de jeito nenhum faria um investimento tão alto sem sentir que valia a pena. E com esse textão eu quero dizer para você que todos os dias temos que tomar decisões. Cada uma delas terá consequências. As vezes os investimentos terão alto valor emocional, ou valor monetário ou muito esforço físico. Você terá que se fazer perguntas. O que vale a pena? Quem eu escolho beneficiar? Conviver com o “SE” é muito pesado. Tome uma decisão.
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