Peguei de volta a minha bíblia e fui para o sofá. Deitei-me acomodando-me bem e abri o livro em II Crônicas cap. 6. Eu queria ler de novo a oração de Salomão em consagração ao templo. Eu já tinha lido outras tantas vezes. O texto me é familiar. O sol brilhava lá fora. Era um fim de semana. Podia finalmente relaxar e aproveitar um descanso que julguei merecer. Me encanta as histórias bíblicas. Aprendi a aprecia-las desde criança quando ouvia meus pais contando.
Davi é um dos meus personagens preferidos. As histórias dos templos me encantam a começar pelo tabernáculo de Moisés. A paixão de Davi e o seu interesse por edificar uma casa para Deus me emocionam. Sei que a ele não foi permitido construir uma morada para Deus porque era homem de guerra. Suas mãos estavam sujas de sangue. Mas, a ele não foi colocado impedimento para desejar e fazer o que estava ao seu alcance para que o templo fosse edificado.
Toda a oferta necessária para uma construção que ficou tão famosa foi feita através de Davi. Após isso a responsabilidade era de Salomão que edificou o templo e o consagrou ao Senhor. Sua oração me comove. Aliás, orações me comovem. Salomão foi um homem sábio e na sua sabedoria orou ao Senhor uma oração que vale a pena conferir. Ao que parece ele entendia bem o comportamento humano e compreendia os preceitos do Senhor.
Eu estava lá deitada no sofá
lendo mais uma vez aquele texto quando lágrimas começaram a cair dos meus
olhos. Que oração objetiva, sem rodeios, sincera e esperançosa! Como é bom orar
aquela oração que sai do profundo da alma. Salomão sabia que naquele momento
Israel se alegrava em poder andar com Deus e tê-lo habitando no meio deles. Que
naquele momento de festa o coração do povo estava de acordo com os preceitos do
Senhor. Naquele momento havia culto sincero, louvor e adoração para Deus. Mas,
ele sabia que com o passar do tempo e vindo circunstâncias adversas o povo se
desviaria. E, desviando o povo, as consequências viriam. Ele conhecia as
bênçãos e maldições. As consequências da obediência tal como da desobediência.
Ele também sabia o caminho de volta. Tudo isso estava presente em sua oração.
Nos lembramos da resposta do
Senhor a esta oração. Pegamos como amuleto as palavras de II Crônicas 7:14.
Mas, me encanta saber o que está por trás desta resposta, uma oração sincera.
Deus responde a oração dizendo que a partir daquele momento ele estaria atento
as orações que se fizesse naquele lugar, que aquele templo havia sido escolhido
como casa de sacrifício.
Oração. Resposta de oração. Como
Deus é fiel à sua palavra! O templo de Salomão já não existe a tanto tempo, mas
assim como Jesus disse à mulher no poço de Jacó: Vem a hora e já chegou em que
os verdadeiros adoradores adorarão ao pai em espírito e em verdade, ele
continua atento as orações. Não é necessário estar num templo (embora nada se
compara). Você pode orar em qualquer lugar. A bíblia fala que Jonas estava no
ventre de um peixe, ele chamou aquele lugar de inferno, e de lá ele orou, e
Deus o ouviu.
A palavra de Deus se mantem fiel.
Ele está atento a oração que se faz em espirito e em verdade. Ele continua a
responder a oração. E como! Ele tem uma multidão de formas de responder. Ele
responde na individualidade. Ele ouve e responde orações. Só pare um pouquinho
e ore. Em silencio ou chorando. Só ore. Rasgue o seu coração. Não meça as
palavras. Não faça rodeios. Não há tempo a perder.
Eu fechei a bíblia. Em lagrimas
orei ao Senhor. Eu tenho certeza que ele me ouviu. E ele te ouvirá também.
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