Certamente você já ouviu alguém mencionar
a história de José, personagem bíblico, para ilustrar um sermão cuja mensagem
central era a respeito de sonhos. Ele sem dúvida representa muito bem o tema e
inspira a qualquer pessoa que tem um grande sonho. Inspirou a mim e segue
inspirando. Sempre me achei sonhadora. Lembro-me de passar parte da minha infância
imaginando os sonhos que gostaria de realizar “quando crescesse”. Porém, assim
como José, inevitavelmente passamos alguns desafios até alcançarmos aquilo que
almejamos e é necessário mais que o desejo, a inspiração e a imaginação para
chegarmos ao ápice da realização.
Quando crianças não fazemos conta
do que é necessário enfrentar na vida para alcançar o que sonhamos. Não há
barreira, não há limites. José sonhou com um futuro promissor, mas não viu a
cova, nem as algemas e nem as prisões. E você há de concordar comigo que se víssemos
os obstáculos interpostos no caminho pensaríamos duas vezes antes de seguir com
nossas ambições, concorda?
Lembro-me bem de brincar na rua
da casa onde morava. Corria sem pensar no asfalto ou na possibilidade de
esfolar o joelho e precisar de um Merthiolate
para curar o esfolado. Subia num gira-gira para rodar sem pensar na
possibilidade de me soltar e me machucar. O prazer da brincadeira era maior que
o medo do que poderia acontecer. E semelhante coisa acontece na vida adulta, o
prazer da realização ou da recompensa é maior que o medo dos obstáculos. Sei
que eles existem, e não poucos. Posso enumerar as limitações ou dizer que tempo
e dinheiro já resume bem a história? Não é tudo, certo? Mas por que esses dois
fatores nunca se juntam? Por que eles têm que ser como água e óleo?
Realizar sonhos nos mantem vivos.
E ás vezes é necessário jogá-los em uma peneira grande como num garimpo. Passá-los
por um filtro. A maturidade descarta alguns sonhos. Algumas circunstâncias também.
Às vezes é necessário apenas ajustá-los. Mas é bom coloca-los em perspectivas
para melhor visualizá-los. São os sonhos que nos estimulam a trabalhar. Eles nos
estimulam a cuidar da saúde. Eles nos estimulam a cuidar da mente e do coração.
Eles trabalham a nossa fé e motivação. Os sonhos nos ajudam a curar a
frustração ou a tristeza. Os sonhos nos ajudam a manter viva a nossa esperança.
E assim podemos entender o ditado: a esperança é a última que morre. Não a
deixe morrer, alimente-a com sonhos!
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