O telefone tocou e eu atendi, era horário comercial e eu estava no meu posto de trabalho. Falei o nome da empresa e meu nome desejando uma boa tarde. O cliente respondeu e seguiu a conversa solicitando um orçamento. Pedi para que ele enviasse um e-mail com o projeto para que pudéssemos atendê-lo. Informei o e-mail e ele me perguntou o nome para quem ele deveria direcionar o assunto. Respondi que ele poderia se direcionar a mim e repeti o meu nome. Como era esperado ele não entendeu de imediato. Perguntou então como escrevia sugerindo uma grafia. Respondi que podia ser daquela forma. Como assim? Ele me perguntou. Eu disse que era a forma como se ouvia e tudo bem escrever daquele jeito. Afinal, soletrar meu nome e por telefone não é coisa prática. D-de dado. A- de abacaxi. P-de pato. H-de hotel. N-de navio. N (de novo) e e-de elefante. Dali a alguns minutos eu recebo o e-mail com o projeto enviado direcionado à Daphene. Coisa corriqueira. As pessoas se incomodam com a falta de uma vogal. Sempre colocam um e ou i ou a depois do ph. Só na semana passada eu vi e ouvi várias pessoas falando e escrevendo o meu nome errado. Eu já me acostumei. Sei que meu nome não é comum, nem na grafia nem na fonética.
Eu me consultei com um especialista em ortopedia na semana passada e precisei enfrentar algumas horas em salas de espera. Novamente meu nome foi solicitado para preenchimento de cadastro. Era necessário apresentar um documento. Pergunto-me para quê? Se ele é lido e escrito de outra maneira. Coitada da secretária do médico que precisa chamar o paciente para a consulta. Ela lê, não entende e precisa de alguma maneira comunicar que chegou a minha vez. Eu fico atenta, pois sei que nesse momento é o meu nome que está na ali. Fui ao shopping com meus sobrinhos, aproveitamos para ir ao Burger King. Informei o meu nome e fiz o meu pedido. Paguei e peguei a senha para retirar meu lanche. Esperei ser chamada pelo atendente da lanchonete. Naquela ocasião meu nome foi escrito de forma mais prática. Seguindo recomendação médica e a minha consciência, me matriculei numa academia. Preciso perder peso e gordura localizada, quem não precisa né? Trabalho sentada o dia inteiro e não me exercito, preciso mudar esta história. Mais uma vez precisei informar os meus dados. A proprietária da academia preencheu meu cadastro. Comentou alguma coisa sobre o meu nome e me orientou em alguns exercícios. Dentro de meia hora ela me chamou de Estefani, Jeniffer, Jordana e outro nome que não me lembro. Respondi a todos eles.
Às vezes eu me divirto com esta confusão, outras vezes não entendo qual é a dificuldade em compreendê-lo. Eu amo o meu nome e seu significado. Ele é de origem grega e significa: digna de honra ou loureiro. Reconheço que o único digno de honra é Deus. Mas, ter este significado no nome me faz feliz. Louro por sua vez é uma planta com propriedade aromática e medicinal. Nos tempos antigos as pessoas colocavam os nomes em seus filhos de acordo com os seus significados. Era como um ato profético. O filho da benção, o amigo de Deus, o trabalhador o que inspira confiança e assim por diante. Este não foi o caso do meu nome, mas por felicidade o significado é bom. Agradeço a Deus por ter um nome carregado de um bom significado. A ele seja toda a honra.
Achei oportuno falar sobre meu nome neste momento em que temos uma lavagem cerebral por conta de uma música. Só para constar, o meu nome não é Jeniffer (risos).
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