Recentemente meu pai me fez recordar o período em que eu estava tentando ingressar na universidade. Foram quatro tentativas consecutivas e três delas não deram certo. Escolhi o curso de Decoração (Design de Interiores) e para ingressar nele é necessário ser aprovado em três fases: prova de habilidade especifica, prova de múltipla escolha e prova dissertativa. Fui aprovada nas duas primeiras fases mais de uma vez o que me fazia alimentar uma expectativa de ingressar na universidade. Estava fora de cogitação entrar numa faculdade paga. Naquela época não havia opções de ingresso ao ensino superior como existe hoje. A opção era exclusivamente o vestibular.
As rádios da cidade viam o vestibular como uma oportunidade de manter a audiência lá em cima e sempre divulgavam os nomes dos aprovados no momento em que as universidades liberavam a lista. Claro que como candidata a uma vaga eu era uma ouvinte que contribuía com a audiência das rádios. Era muita tenção quando eles anunciavam que iam começar a anunciar os nomes. Ficava aguardando chegar no curso de decoração para então ouvir com maior atenção. Letra A B, C e finalmente D e meu coração acelerava o tanto que conseguia. Pura adrenalina! Infelizmente eu não ouvi meu nome ser anunciado em nenhuma das vezes. Ele não constava na lista.
Após o primeiro anuncio dos aprovados era possível aguardar as chamadas sucessivas. Confesso que na minha última tentativa para entrar na concorrida universidade eu não estudei nada. Para dizer bem a verdade eu assisti a uma única aula de véspera que durava de quatro a oito horas. Estava cansada do estresse de estudar, me empenhar, criar expectativas e me frustrar. Porém, após a primeira emoção de ser reprovada pela quarta vez, aguardei as chamadas sucessivas. Já havia desistido de qualquer expectativa quando recebi uma ligação. Era da universidade, a coordenadora do curso de decoração estava na linha. Ela me informou que havia surgido uma desistência e que, portanto, eu estava dentro!
Uau! Eu não me contive de emoção. Não houve rádio anunciando o meu nome. Ele não estava exposto no mural da faculdade. Mas, eu estava dentro da universidade. Era o que eu queria. Fui chamada para cursar o curso que escolhi por que alguém rejeitou a oportunidade de fazê-lo.
E meu pai estava falando sobre o livro da vida e da importância de ter o nosso nome escrito nele. Eu quero ouvir Jesus chamando pelo meu nome e me dando a oportunidade de morar com ele na eternidade. É muito triste não ter o nome na lista de aprovados. Pode crer! Agora, pense... minha experiência diz respeito a coisas passageiras e já é muito ruim.
Quanto mais será em relação ao livro da vida! Seu nome está está na lista?
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