Hoje eu queria ter a minha avó Avelina para me acompanhar num lanchinho da tarde... Tenho certeza que ela se sentiria bem em me fazer companhia ao redor da mesa com um bate papo sobre culinária.
Ela se foi e a mais de treze anos convivemos com a saudade. Ela tinha um orgulho saudável da família. Seus netos eram seus tesouros. Lembro-me bem de como ela gostava de exibi-los para suas amigas.
Foi uma mulher guerreira, honesta e trabalhadora. Seu último trabalho antes da aposentadoria foi em uma cozinha industrial. Ela amava o que fazia. Orgulhava de servir os residentes do Hospital de Clinicas de Uberlândia.
Vê-la em ação na cozinha era muito bom. Sua habilidade para fatiar couve e cebola era incrível. Podíamos provar do seu tempero todos os domingos no almoço. Era sagrado. Uma de suas maiores conquistas foi estudar e praticar a culinária. Ela gostava de comentar sobre este assunto. Gostava de mencionar os nomes técnicos dos pratos, falar dos ingredientes e a quantidade de guarnições e pratos principais que eram preparados por dia de trabalho.
Do que mais me recordo é de como ela falava sobre o tal “ovo pochê”. Sempre mencionava a técnica e a habilidade necessária para prepara-lo. Portanto, hoje ela certamente teria o prazer de me acompanhar no lanchinho da tarde: torrada com ovo pochê salpicado com pimenta rosa. Que saudade vovó!
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