Tenho pensado muito na história de Naamã nos últimos dias. Alguns aspectos da sua história são muito interessantes. Porém, um em especial tem ocupado minha mente e me levado a refletir. No verso 10 do livro de 2 Reis cap. 5, o profeta Eliseu envia um mensageiro a Naamã e lhe dá instrução do que deveria fazer para ficar são.
Só para recordar, o comandante do exercito do rei da Síria sofria de lepra. Ele fica sabendo através de uma menina israelita que havia em Samaria um profeta que poderia curá-lo. Imediatamente ele comunica esta possibilidade ao seu senhor. O rei da Síria o envia ao rei de Israel com carta de recomendação para que seu comandante fosse curado. O rei de Israel rasga suas vestes. Eliseu fica sabendo do ocorrido e solicita ao rei de Israel que envie a ele Naamã para que este soubesse da existência de um Deus em Israel.
Naamã então vai de encontro de Eliseu, mas este não o recebe antes, envia um mensageiro com o recado. Bastasse o comandante obedecer a instrução do profeta e a cura seria uma verdade em sua vida.
O que acontece a seguir é o que tem me chamado a atenção: “Mas Naamã ficou indignado e saiu dizendo: "Eu estava certo de que ele sairia para receber-me, invocaria de pé o nome do Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado e me curaria da lepra. Não são os rios Abana e Farfar, em Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Será que não poderia lavar-me neles e ser purificado? "Então, foi embora dali furioso”. (2 Reis 5:11-12)
Ora, Naamã havia programado sua mente para receber a cura. Seria “assim e assado”. Ele havia imaginado um cenário e uma sucessão de fatos. Como um bom comandante havia estipulado uma ação estratégica. Acho que reconheço esta reação. Ela se apresenta diariamente no meio da igreja. Muitos chegam e seguem um ritual. Há um programa na cabeça. O culto começará com uma oração, depois o grupo de louvor cantará alguns hinos, o dirigente do culto distribuirá oportunidades para testemunhos e saudações, depois será o momento da oferta então o pastor pregará e por aí vai.
Mas como Naamã, os que assim procedem, ignoram a multiforme sabedoria e graça de Deus. Como disse Salomão em provérbios: “Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor”. (Pv 19:21)
Não precisamos entender a maneira que Deus trabalha, ou o porquê de suas ações. O que precisamos é obedecê-lo e então poderemos provar sua maravilhosa graça e amor.
No momento em que Naamã obedeceu e mergulhou sete vezes no Jordão conforme a palavra do profeta foi curado. A cura foi tão notável que no verso 14 diz que sua pele tornou-se como a de uma criança.
Ainda vale a obediência!
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