Ok! Reconheço que paciência nunca foi o meu forte. Ultimamente tenho me questionado se a questão é minha intolerância ou a falta de noção das pessoas?
Imagine que ontem meus vizinhos resolveram passar a tarde toda na calçada da minha casa, conversando, rindo e tomando cerveja. Até aí, tudo bem, dá para entender. Minha casa fica do lado da sombra e tem uma árvore que favorece a intercepção da luz do sol. Porém, eles não só aproveitaram da sombra... Cada um deles (eram de 5 a 8 homens adultos) pegou uma cadeira de descanso e levou para a calçada da minha casa. Montaram uma mesinha dobrável, ligaram o som do carro e passaram a tarde toda se confraternizando.
Nunca gostei de ficar batendo papo na porta da minha casa, muito menos fazendo da calçada uma extensão dela. Então, fiquei muito irritada de ver a cena. Todos aqueles homens barbados aproveitando a tarde de domingo na calçada da MINHA casa! Pergunto: É intolerância minha ou falta de noção dos meus vizinhos?
Semana passada eu precisei utilizar o transporte coletivo. Já é muito ruim ter que usar um ônibus quando se é habilitado com uma CNH, fica ainda pior quando se tem que fazer em horário de rush! Estava voltando para casa lá pelas 22:30. O ônibus como era de se esperar, estava lotado. Havia do meu lado uma moça com fones no ouvido. Ok! Quando se quer ouvir músicas em público, melhor usar o fone, não é? Afinal, ninguém precisa ouvir suas músicas. Porém, aquela moça não ficou satisfeita em só ouvir a música. Ela quis acompanhar. Meu Deus! A coitada cantava muito mal. Uma desafinação total. Parecia que ela estava no chuveiro de sua casa. Para piorar, a moça estava ouvindo uma música “gospel”. Todos ao redor, inclusive eu, tivemos que suportar a cantoria alheia. Mais uma vez pergunto: é intolerância minha ou falta de noção da moça?
Será que este mundo tão libertino nos tem feito perder a noção de privacidade, ética, moral, decência e educação?
Será que eu mesma também não tenho em algum momento sido “sem-noção”? Ai meu Deus, me ajude! Não quero ser assim... Não dá para ser assim!
Sejamos tolerantes no que temos que ser, mas não vamos perder a noção das coisas!
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