Pular para o conteúdo principal

Drive Thru

Certamente você já utilizou um “Drive Thru”. O serviço, uma invenção norte americana, é oferecido a mais de 80 anos e foi especialmente empregado em redes de lanchonetes  que oferecem alimentos fast food: MCDonald’s, Habib’s, Burger King e tantos outros.
A intenção é bem clara, atendimento rápido para clientes que desejam comprar o produto sem sair do carro. Em outras palavras, é um atendimento para pessoas acomodadas.
De fato é bem cômodo ser atendido dentro do carro.
Ontem à noite, por exemplo, já estávamos à vontade dentro de casa esperando para ir para cama, estava cedo para dormir. Ainda não tínhamos jantado e eu, meu pai e minha mãe, queríamos um lanche.
Havia algumas opções, mas eu especificamente queria hambúrguer. 
Eu e minha mãe não estávamos tão animadas a trocar de roupa, arrumar o cabelo, calçar algo melhor que chinelo enfim, estávamos acomodadas dentro de casa. 
Como a fome, quando se fala de comida, fica mais acentuada, me lembrei do MC Drive – o serviço de Drive Thru do MC Donald’s. Sugeri que fossemos do jeito que estávamos mesmo, já que não precisaríamos sair do carro. A sugestão foi aceita e então resolvemos o problema.
Fizemos um passeio rápido, lanchamos e voltamos felizes para casa e tudo sem sair do carro, nada mais cômodo para a ocasião!
Claro que minha história não se repete com frequência, foi algo casual. Passear por um shopping, ver as vitrinas e fazer compras não se faz dentro de um carro. É preciso disposição. 
O alimento fast food pode ser muito saboroso, provei isto ontem à noite novamente. Quem resiste a batatas fritas, hambúrguer e suco de uva geladinho? É muito gostoso! Mas, todos sabemos que no que se refere a nutrição... Um alimento mais saudável requer disposição para prepara-lo, desde a compra dos ingredientes até o consumo. Não dá para se fazer isso acomodado.
Interessante! Vejo semelhança desta história com os relacionamentos contemporâneos. As redes sociais possibilitam relacionamentos ao estilo fast food. São rápidos e cômodos. Um fica de um lado da rede, o outro do outro lado. Não se tem muitos contatos “físicos” e sim muitos contatos “virtuais”. Desta maneira, podem-se filtrar os defeitos e explorar as qualidades (se é que é possível perceber qualidades reais).
Porém, relacionamentos reais, requer disposição. É preciso estar disposto nos tempos bons e tempos ruins, suportar os defeitos e saber aproveitar as qualidades. É preciso doação, emoção, verdade, sinceridade... Tudo isto se constrói, se conquista. Não é fast (rápido), leva tempo.
A comodidade dos alimentos fast food agravou um problema social, a obesidade. Semelhantemente, os relacionamentos “virtuais” tem resultado em problemas sociais, a fragilidade dos relacionamentos reais. 
Não posso generalizar, eu sei. Assim como existem pessoas, que embora consumam fast food, se exercitam e cuidam de sua saúde, existe pessoas conectadas às redes sociais que também cuidam de seus relacionamentos reais. 
O serviço Drive Thru é muito cômodo, mas não é saudável e recomendado consumir fast food com frequência... É bom fazer novas amizades, conhecer novas pessoas, mas amizade real e verdadeira não se faz apenas com um clique... 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e