Sábado de manhã, aula de
Design Emocional. Lá estava o jovem professor colocando diante de nós aquela pergunta
difícil: Se sua casa estivesse a pouquíssimos minutos de desabar e você só
tivesse tempo para pegar um objeto – o que você “salvaria”?
Já me vi tentando responder
esta pergunta inúmeras vezes e nunca havia chegado a uma conclusão. Meu
raciocínio era sempre o mesmo. Se o que pode ser salvo é objeto, significa que
minha família está a salvo. Desta forma o que eu teria mais trabalho para
adquirir e teria que fazê-lo imediatamente seria documentação. Portanto minha
resposta era: meus documentos.
Porém, neste exercício, esta
resposta não é válida. Então... Tentei mais uma vez encontrar uma resposta
válida para esta pergunta. O que eu levaria?
Enquanto ouvia com atenção
meus colegas da pós respondendo a questão eu me lembrei da minha pasta de CD’s.
Na verdade não é Aquela pasta, nem uma coleção espetacular. Mas achei que
gostaria de “salvar” os CD’s. Ao responder a primeira pergunta, surgiu a segunda
pergunta: Por que a música é tão importante em sua vida?
Respondi conforme a moral
evidente do exercício. A música é uma das coisas que mais estimula minhas
emoções. Você “salva” aquilo que mais está ligado às suas emoções e não
necessariamente o que é de maior valor monetário. O valor atribuído ao objeto é o que conta nesse momento e muito
provavelmente você fará apropriação
daquele que instiga maiores emoções.
Respondi lembrando um trecho que
li no Dicionário Bíblico Universal que diz: “a música tem o poder de afastar a nossa alma
das influências exteriores e nos preparar para visões interiores”. A música tem
o poder de fazer ecoar na mente palavras que fora de um ritmo ou melodia não
são muito fáceis de guardar. Tem o poder de trazer à mente lembranças que
instigam ações importantes. Tem o poder de nos conectar com Deus.
Depois de responder pensei em
outras coisas que “salvaria”. Alguns livros. Seria difícil escolher um, mas
certamente algum deles seria “resgatado”.
Livros e CD’s...
Foi então que me dei conta de que
numa disciplina anterior (Técnicas de Estímulo à Criatividade) quando
realizamos alguns testes para reconhecer nosso potencial criativo o resultado
apontou duas áreas de inteligências múltiplas que sou proficiente. Lingüística
e Música. Interessante. Há uma base muito bem firmada entre minhas emoções e
inteligências múltiplas. Assim como há (também de acordo com os testes) uma
evidência de uso equilibrado dos hemisférios cerebrais. Direito (Intuitivo/Emocional)
e esquerdo (Lógico/racional).
Alguns exercícios, perguntas,
desafios dão a sensação de querer apenas provar nossa paciência. Muitas
vezes nos recusamos a aceitá-los com boas vindas. Porém, quando nos propomos a
fazê-los ou enfrentá-los, encontramos uma porta aberta para o conhecimento.
É interessante como eles servem
para elevar-nos.
Hoje é uma segunda-feira. Dia
que atribuímos o inicio de uma semana desafiadora, de muito trabalho, de muitas
questões para resolver. No entanto pode ser o dia que nos conduzirá ao conhecimento
e amadurecimento... Como vamos encará-la? Qual a resposta válida?
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