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A importância de ser "o patinho feio"

Aprecio a habilidade de quem consegue fazer observações análogas em circunstancias improváveis...
Em minha ultima viagem à Barueri ouvi pela primeira vez o pr. Luciano da IAB – Mauá. Ele teve uma oportunidade para uma saudação e durante os poucos minutos seguidos, discorreu sobre “A importância de ser o patinho feio”.
Acredito que foi a primeira vez em 30 anos que ouvi um pastor utilizando esta história infantil para fazer uma analogia e, tão apropriada.
Interessante como muitas vezes somos vistos como o patinho feio. Nosso “grasnar” não é como o dos outros, nosso andar não é o mesmo, nossa aparência é toda diferente. Basta olhar para nós para perceber.
Porém, num dado momento da história, o patinho feio encontra outros “patinhos” como ele, diferentes que não o desprezam. Ele é bem recebido no meio dos outros, com uma beleza singular descobre-se um belo cisne.
O pr. fez ainda referencia a Moises, um hebreu no meio de egípcios. Um “patinho feio” no Egito. O encontro com sua identidade se deu quando ele viu um hebreu sendo ferido por um egípcio, viu as cargas a que foram submetidos seus irmãos e as filhas de Midiã sendo afrontadas próximas aos bebedouros. Ele reconheceu aqueles hebreus como sendo seus irmãos. Viu neles a aparência que tinham, o “grasnar” diferente, o andar, a identidade...
Que diferença fez um Moisés naquele tempo!
No momento certo ele assumiu sua identidade revelada. Juntou-se a seus irmãos. Lutou por eles e venceu como um líder eficaz. Seu “grasnar” era como de um gago, mas sua mensagem foi ouvida. Foi determinado. Calmo (como ele conseguiu?). Paciente e zeloso. Capacitado por Deus. Foi de patinho feio a um belo cisne.
Cada um de nos temos personalidades diferentes que nos distingue de outros; hábitos, interesses, complexos, sentimentos e aspirações que são exclusivos. Muitas vezes nossa personalidade pode nos deixar próximos de sermos os “patinhos feios” do nosso meio. Porém, com o tempo descobrimos nossa beleza... Deixamos de sermos “feios” quando vivemos de maneira verdadeira, quando assumimos nossa identidade e não precisamos forçar uma aparência que não nos é própria e quando temos conhecimento de quem somos e o que queremos.

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