Sábado passado tive a grata
oportunidade de pregar no culto dirigido pelas irmãs na AIDB – Curitiba. Fiquei
surpresa com o convite uma vez que no culto anterior (25/08) fui eu quem pregou
também. Agradeço a Miriam (minha irmã 2X) pelo convite e ao pr. Gerson pela
confiança. Sei que sou apenas um instrumento e quero sempre estar pronta para Deus.
A mensagem que senti no
coração e me prontifiquei a pregar foi a respeito da decisão de louvar a Deus,
decisão de orar, decisão de buscar a sua vontade... Para fundamentar a pregação
escolhi o texto de Gênesis Cap. 29 que descreve o nascimento das tribos de Israel.
Apaixonei-me por esse texto há
muito tempo quando percebi um tesouro escondido nas entrelinhas.
Lia não era uma mulher feliz.
Era feia (é o que dá a entender pela sua descrição) e foi dada como esposa a um
homem que não a amava. Serviu a Jacó como esposa por sete anos enquanto ele
trabalhava por Raquel e após sete anos teve que dividir o matrimônio com sua
irmã mais jovem, mais bonita e amada...
Não quero entrar no mérito da
questão. O matrimônio naquele tempo era diferente de tudo que se vive hoje e
principalmente longe de qualquer semelhança com Brasil.
Voltando à Lia... Deus a abençoou
dando-lhe filho. É essa a descrição:
“E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou-o
Rúben; pois disse: Porque o SENHOR atendeu à minha aflição, por isso agora me
amará o meu marido.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo:
Porquanto o SENHOR ouviu que eu era desprezada, e deu-me também este. E
chamou-o Simeão.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo:
Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por
isso chamou-o Levi”. Gênesis 29:32-34
Imagine. Primeiro filho. A
honra de se tornar mãe. A felicidade de ter nos braços um herdeiro e a
oportunidade de nomeá-lo. Algumas mulheres acham pouco o tempo de 9 meses para
a escolha de um nome, pois é algo muito significativo.
Lia dá ao seu primogênito o
nome que sugere a aflição da sua vida! Ao segundo ela menciona o desprezo que
sofria e ao terceiro expõe sua intenção de “subornar” seu marido com filhos
para ter o seu amor.
Difícil né? Apesar de suas três
tentativas, Lia não conseguiu mudar sua história.
Porém, no próximo verso noto
uma mudança muito significativa na atitude dessa mulher. Veja o que diz: “E concebeu outra vez e deu à luz
um filho, dizendo: Esta vez louvarei ao SENHOR. Por isso chamou-o Judá; e
cessou de dar à luz”. Gênesis 29:35
Ela tomou uma decisão de
louvar ao Senhor! Judá, portanto foi o filho dessa decisão. A história dessa
tribo é muito interessante. Jacó dá a sua bênção aos filhos em Gênesis cap. 49
e Judá é mencionado como um leão. Cantamos até hoje sobre o leão da tribo de
Judá. Dessa tribo nasceu reis poderosos como o rei Davi. Jesus também nasceu
dessa tribo. Não acho que seja mera coincidência. Acredito que a decisão de Lia
refletiu em todas essas bênçãos.
Olhando para Atos dos Apóstolos
cap. 16 vemos um relato interessante sobre decisão.
Paulo e Silas foram lançados
em prisão depois de serem açoitados. Eles estavam fazendo a vontade de Deus.
Acho importante frisar isso. Estavam pregando a palavra de salvação, fazendo
sinais em nome de Jesus, andando na fé e foram parar naquela situação. A coisa
estava feia. Porém está escrito que eles decidiram orar e cantar hinos a Deus. Isso
é decisão! Apenas decisão. Podiam estar fazendo qualquer coisa e principalmente
reclamando de todo o sofrimento e dor. A decisão deles tocou o coração de Deus.
Acredito nisso. Aconteceu um terremoto e eles foram libertos. Pregaram a
palavra e deram testemunho de Jesus o Cristo. Houve conversões naquele
contexto. Almas foram salvas. Por quê? Em meio a toda tormenta dois homens
decidiram louvar a Deus.
Não significa que seja fácil.
A bíblia não traz referencia nenhuma quanto a isso. No entanto, a bíblia nos
garante (e eu creio) que Deus nos ajuda. Ele nos esforça. Ele nos dá bom ânimo.
Ele luta por nós e nunca nos deixa só. (Josué 1:5 / Isaías 41:10,13 / Mateus
28:20)
Cabe a nós tomarmos a decisão
como fizeram esses personagens, louvar a Deus acima de qualquer circunstância e
deixar que ele cuide do resto.
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