Pular para o conteúdo principal

Marcas

Semana passada, depois de fazer café, fui limpar o fogão.  Apesar de tomar cuidado com a chapa quente, acabei me queimando. Fazia muito tempo que não me acidentava na cozinha.  
Não gosto de colocar produto nenhum na queimadura, apenas deixo a água correr pela área atingida. Não foi nada grave, só mesmo um susto daqueles que nos faz soltar um “ai” bem agudo. 
Como não ando tomando sol, minha pele está muito clara. Desta forma a marca da queimadura ficou bem feia e realçada. Impossível passar despercebida. 
Quantas marcas adquirimos ao longo da vida; no corpo, na alma e no espírito?
Elas sempre existirão, não é mesmo?
Um amigo me pediu para descrever um lugar. Fiquei sem saber o que dizer por que não tenho muito apreço por aquele espaço físico. Muitos encontros da igreja já aconteceram por lá. Os encontros foram bons, mas o local deixa muito a desejar e, além disso, eu tenho uma marca no corpo que adquiri naquele lugar. Lá tem muitas escadas e até pouco tempo não tinha “corrimãos”. Ao descer as escadas numa das vezes, caí e caí feio! Estava de salto (por que mulheres tem que usar salto?). Em pleno evento da igreja eu adquiri uma marca horrorosa na perna, grande e vermelha, numa pele branca que não via sol há muito tempo...
Os eventos passam, os sentimentos amenizam, o ardor dissipa, a ferida sara e... As cicatrizes ficam.
Interessante. As marcas são vestígios de feridas depois de curadas. Significa que houve uma lesão que já não existe mais.
Algumas marcas apesar de lembrar dor podem ser sinônimas de vitória, por exemplo, a cicatriz de uma cesárea.  
Por nove meses a mulher vive a expectativa do nascimento do bebê. As dores de parto iniciam, as contrações se acentuam e então a criança é retirada do útero. O choro do nenê anuncia que a dor mais intensa teve fim e assim a cesariana é concluída. 
O tempo passa e a cicatriz que persiste no corpo da mulher se encarrega de lembra-la daquele momento de dor e ao mesmo tempo da alegria ao ver o nascimento do seu bebê.
Paulo, o apóstolo de Cristo, fala sobre as marcas que levava em seu corpo, as marcas de Jesus. (Gálatas 6:17). Elas iam além do corpo, eram sinais de um viver para Cristo. 
E você? Quais as marcas leva no corpo?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que aprendo com a gazela?

Convidada para pregar no culto de encerramento das atividades (2013) do grupo Dorcas (grupo de mulheres da AIDB-Uberlândia), me senti motivada a estudar a história desta personagem bíblica que inspirou o nome do grupo. Quem foi Dorcas? O que seu nome significa? Quais seus valores? Porque sua história motiva outras mulheres que trabalham na obra do Senhor? O nome apresentado na história bíblica é Tabita e sua história é apresentada no contexto de sua morte. Estranho, não? A narrativa se encontra no livro de Atos, cap.9 à partir do verso 36. E assim começa a descrição dos fatos: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto”. Para um “leitor dinâmico” estes dois versos resume toda a história. A mulher existiu, era uma mulher de boas obras, ficou doente e morreu (ponto!). Porém estes dois versos mostra

Um encontro na fenda da rocha

Visitar as formações rochosas no início da semana me fez lembrar uma passagem interessante que se encontra no livro de Êxodo cap. 33 quando Moisés pediu para ver a glória de Deus. Impressiono-me com a ousadia desse homem em pedir para Deus algo tão grandioso. Enquanto olhava para as rochas pensava na história de Moisés, pois a bíblia menciona que Deus respondeu ao pedido dele. Não em sua totalidade é verdade, mas o levou numa fenda da rocha, tampou-lhe os olhos enquanto passava por ele e permitiu que visse suas costas.  Também me lembrei de duas músicas baseadas nessa história e gostaria de compartilhar com vocês... Uma é interpretada pela cantora Fernanda Brum se chama: “Em tua presença”  e a outra é interpretada pela cantora Alda Célia e se chama: “Mostra-me tua glória”  . Moisés desfrutou de um feito extraordinário, não ouve nada igual. Por quê?  Ele desejou um nível mais profundo de intimidade com Deus. Que possamos compartilhar do mesmo anseio de Moisés... Tenha

E o Fogo Lambeu a Água

Gosto de observar a multiforme graça de Deus. Em toda a bíblia podemos ler a respeito de estratégias pouco convencionais que Ele usou para livrar seu povo. Em uma batalha o sol e a lua pararam para que Israel pudesse lutar com vantagem sobre seu inimigo, em outra o grito e assombro foram as estratégias para conquista, outra Israel precisou apenas se colocar de pé para ver o livramento do Senhor e assim por diante. Cada batalha uma nova estratégia vinda da parte de Deus para livramento de seu povo. Aprecio a inspiração divina. Ele confunde os sábios com sua sabedoria e desarma os poderes das trevas com o simples sopro de sua boca. Quem é Deus como o nosso Deus? O interessante nessas histórias é perceber a sintonia que os homens e mulheres tinham com Deus. Eles sabiam que de Deus não se zomba e que cada peleja que enfrentavam estavam amparados por sua palavra. Sendo assim quando leio a história de Elias me maravilho. Ele desafiou os profetas de Baal a colocar a prova de quem e