Odeio esperar! Sei que o verbo odiar é muito pesado. Minha mãe me ensinou a usar esse verbo com muita cautela. Mas não há expressão melhor para descrever o que sinto em relação à espera. Já vivi quarenta e um anos e alguns meses e passei, continuo passando, pela espera. A espera me irrita, me frustra, me decepciona e revela a minha pior versão. E talvez você esteja imaginando eu gritando, chutando as coisas ao meu redor ou partindo para a agressão física. Não. Graças a Deus! Não é disto que estou falando, no máximo o que você verá será a minha cara fechada. O problema é que todo o meu desgosto com a espera acontece internamente, no coração e na mente. São os meus pensamentos e emoções que são afetados pela espera. Minha boca se fecha, mas por dentro sou tomada por um turbilhão de palavras. E é nesse momento que a minha fé, as minhas crenças, meus princípios e esperança são colocados à prova. Preciso gerir todo o turbilhão de vozes da minha cabeça e ordená-las. É nesse momento que ten